Stranger Things: produções próprias impulsionaram lucro da Netflix (Netflix/Divulgação)
Rita Azevedo
Publicado em 20 de janeiro de 2017 às 11h35.
Última atualização em 20 de janeiro de 2017 às 12h14.
São Paulo – No mundo todo, cerca de 7,1 milhões de pessoas assinaram a Netflix no quarto trimestre de 2016. O número, divulgado na última quarta-feira (18), fez a alegria dos investidores da companhia. No pregão seguinte, as ações chegaram a subir 8% — um claro sinal de que a onda de otimismo com o serviço de streaming não deve acabar tão cedo.
Nos últimos três meses, os papéis da Netflix acumularam ganhos de quase 30% (veja mais no gráfico abaixo) e entraram na lista de recomendações de instituições como JPMorgan, William Blair e Deutsche Bank. Toda a animação chegou a ser criticada por analistas, que questionaram se o alto volume de investimentos em conteúdo próprio valeria a pena (veja algumas das críticas).
O mais provável é que justamente as produções próprias, como "Stranger Things" e "The Crown", tenham ajudado a Netflix a ter o melhor trimestre desde a sua fundação.
Além de superar a expectativa do mercado, que aguardava 5,2 milhões novos assinantes na base da empresa, o lucro líquido da Netflix subiu para 67 milhões de dólares, ou 0,15 dólar por ação. Um ano antes, o lucro apresentado foi de 43,2 milhões de dólares ou 0,10 de dólar por ação.
De acordo com a Reuters, um dos analistas mais céticos, Michael Pachter, da Wedbrush, mudou de opinião logo após a divulgação de resultados e disse que sua avaliação estava “consistentemente errada”.
“Parece que vamos continuar errados por algum tempo, uma vez que há mais conteúdo de qualidade do que nunca e a Netflix certamente tem sua parcela do sucesso", escreveu Pachter em nota a clientes.
Abaixo, você vê o comportamento das ações da companhia nos últimos três meses.