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Nem o 'Super-Homem' salva: Warner tem prejuízo de US$ 148 mi no 3º tri

Receita da Warner caiu 6%, para US$ 9,05 bi, e a empresa teve prejuízo ajustado de US$ 0,06 por ação

'Super-Homem': filme impulsionou o estúdio da Warner, mas TV em queda pesou no resultado (Craig T Fruchtman/Getty Images)

'Super-Homem': filme impulsionou o estúdio da Warner, mas TV em queda pesou no resultado (Craig T Fruchtman/Getty Images)

Publicado em 6 de novembro de 2025 às 11h09.

Nem mesmo o sucesso do último filme do “Super-Homem” conseguiu salvar o balanço da Warner Bros. Discovery no terceiro trimestre. A gigante do entretenimento registrou prejuízo de US$ 148 milhões (R$ 790,1 milhões) no período, com receita total de US$ 9 bilhões, uma queda de 6% em relação ao mesmo trimestre de 2024.

O resultado ajustado ficou em perda de US$ 0,06 por ação, enquanto analistas consultados pela consultoria FactSet esperavam lucro de US$ 0,03 por papel, com receita estimada em US$ 9,18 bilhões.

Por volta das 11h (horário de Brasília), os papéis recuavam 0,97% no pré-mercado.

Estúdios em alta, TV em queda

O segmento de estúdios foi o ponto positivo do trimestre, com alta de 24% na receita, somando US$ 3,3 bilhões. O desempenho foi impulsionado pelos lançamentos de “Super-Homem”, “A Hora do Mal” e o novo capítulo da franquia “Invocação do Mal”.

Já a divisão de streaming ficou praticamente estável, com US$ 2,6 bilhões em receita, ligeiramente abaixo das projeções de Wall Street. O número de assinantes globais subiu em 2,3 milhões, chegando a 128 milhões. Apesar da estagnação em receita, o Ebitda ajustado do segmento cresceu 35%, para US$ 345 milhões, refletindo avanço na publicidade, que teve alta de 15%.

Em contrapartida, a área de TV tradicional segue em declínio. A receita caiu 22%, para US$ 3,88 bilhões, com recuo de 8% nas receitas de distribuição e 20% nas de publicidade — reflexo do corte de assinaturas e da menor audiência.

Próximos passos

A Warner Bros. Discovery afirmou que espera aceleração da receita de distribuição da HBO Max no início de 2026, mas alertou para desafios no quarto trimestre e no começo do ano que vem, devido à ausência de partidas da NBA na plataforma e aos custos com lançamentos internacionais.

A empresa também confirmou que está desenvolvendo um novo aplicativo de streaming esportivo da TNT Sports, que reunirá seus direitos de transmissão e fará parte de uma estratégia de parcerias e pacotes para ampliar a base de assinantes.

Warner à venda?

O balanço da companhia foi divulgado em um momento em que se intensificam as especulações sobre uma possível venda da Warner Bros. Discovery. As ações acumulam alta de 115% no ano, após rumores de que a Paramount Skydance estaria interessada em adquirir os negócios de estúdios e streaming.

A empresa informou que está conduzindo uma revisão estratégica que pode levar a diferentes cenários: manter o plano de dividir a companhia em duas até 2026, vender integralmente a operação ou realizar transações separadas envolvendo as unidades da Warner Bros. e da Discovery Global.

Também está em avaliação uma estrutura alternativa de separação, que abriria espaço para uma fusão envolvendo a Warner Bros., enquanto a Discovery Global seria desmembrada e transferida aos acionistas.

Nesta quinta-feira, a Warner ressaltou, porém, que ainda não há definições e que só divulgará novas informações quando houver um acordo ou decisão formal. A companhia também afirmou que não comentará o tema durante a teleconferência de resultados.

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