Invest

Natura na NYSE, setor de serviços, CVC e o que mais move o mercado

Bolsas apresentam leves altas no exterior, com investidores atentos à temporada de resultados

Sede da Natura, em São Paulo. (Germano Lüders/Exame)

Sede da Natura, em São Paulo. (Germano Lüders/Exame)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 12 de novembro de 2021 às 07h10.

Última atualização em 12 de novembro de 2021 às 07h39.

A sexta-feira, 12, inicia em tom ligeiramente positivo nos mercados internacionais, onde investidores seguem repercutindo a temporada de balanços do terceiro trimestre. Na Europa, índices de ações bateram recordes nesta manhã, com destaque para o setor de artigos de luxo, que avança na esteira dos números da suíça Richemont.

Economistas europeus também avaliam os dados de produção industrial da Zona do Euro, que saíram com queda mensal de 0,2% contra expectativas de contração de 0,5%. Na comparação anual houve crescimento de 5,2%, acima do consenso de 4,1%. 

Serviços em recuperação

No Brasil, o principal dado macroeconômico do dia será o de crescimento do setor de serviços de setembro, divulgado às 9h pelo IBGE. A expectativa é de que o setor, mais atingido pelas restrições impostas pela pandemia, apresente expansão de 13,5% na comparação anual e 0,5%, na mensal. 

Os dados serão divulgados um dia após as vendas do varejo referente ao mesmo mês ter decepcionado o mercado, saindo bem abaixo das expectativas. Os números, porém, não conteve o otimismo de investidores para o resultado da Magazine Luiza (MGLU3), que chegou a subir 10% ao longo da última sessão, antes da divulgação do balanço na última noite. 

Magalu e resultados da última noite

No período, a companhia teve lucro de 22,6 milhões de reais, representando uma queda de 90% em relação ao registrado no mesmo período do ano passado

Além do resultado do Magazine Luiza, investidores irão repercutir neste pregão os mais de 20 balanços divulgados na última noite. Entre as principais companhias que apresentaram resultado estão B3 (B3SA3), Cyrela (CYRE3), Ambipar (AMBP), Hapvida (HAPV3), Renner (LREN3), Soma (SOMA3), Americanas (AMER3), Grupo Mateus (GMAT3) e Natura (NTCO3), que aproveitou o momento para fazer anúncio de seus planos para os próximos trimestres. 

Natura na NYSE

Segundo fato relevante divulgado na última noite, a Natura estuda migrar sua listagem primária para a Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), mantendo seus papéis em forma de BDRs no Brasil. 

O movimento, de acordo com a empresa, “seria uma nova etapa do planejamento estratégico do Grupo para continuar a acessar os mercados e investidores globais”. Para viabilizar o processo, a Natura considera a criação de uma holding do grupo, com possível sede no Reino Unido, onde The Body Shop e Avon já estão sediadas.

Com a potencial mudança, a base acionária da empresa mudaria para essa holding, mantendo a estrutura de um voto por ação. Entre as justificativas na Natura para a listagem na NYSE estão “aumentar sua visibilidade e alcance”, “aumentar o acesso a investidores globais e diversificar ainda mais sua base acionária” e “melhor alinhar sua estrutura corporativa e de capital à presença operacional global”.

Balanços do dia

Como característico das temporadas de balanços, poucas empresas irão apresentar seus resultados nesta sexta. Apenas CVC (CVCB3), Infracommerce (IFMC3), Ser Educacional (SEER3), Cosan (CSAN3) e Enjoei (ENJU3)

O balanço da CVC irá sair um dia após o resultado da companhia aérea Azul (AZUL4), que fechou o último pregão em alta de quase 10%, em meio a perspectivas animadoras para o setor. Quanto à CVC, investidores esperam continuidade da recuperação do turismo doméstico, enquanto o internacional deve voltar números mais fracos que os do pré-pandemia, ainda impactado por restrições de oferta.

Acompanhe tudo sobre:Açõesbolsas-de-valoresNatura

Mais de Invest

Diferença entre conta corrente e conta poupança: como saber qual é a melhor opção?

"O Brasil deveria ser um país permanentemente reformador", diz Ana Paula Vescovi

Como gerar um QR Code para receber transferências de Pix?

Tesla bate US$ 1 trilhão em valor de mercado após rali por vitória de Trump