Mercados

Nasdaq renova 23ª máxima histórica no ano enquanto bancos cedem

Os mercados acionários americanos encerraram em alta o pregão desta sexta-feira, 13, dando prosseguimento à valorização vista no dia anterior

Nasdaq apresentou leve avanço e se manteve em nível recorde (Shannon Stapleton/Reuters)

Nasdaq apresentou leve avanço e se manteve em nível recorde (Shannon Stapleton/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de julho de 2018 às 19h41.

São Paulo - Os mercados acionários americanos encerraram em alta o pregão desta sexta-feira, 13, dando prosseguimento à valorização vista no dia anterior. Os ganhos, no entanto, foram limitados por papéis de bancos, que não conseguiram subir mesmo após balanços virem acima das expectativas. Já o Nasdaq apresentou leve avanço e se manteve em nível recorde, ao ser ajudado por ações de quatro companhias que renovaram máximas históricas de fechamento.

O índice Dow Jones fechou em alta de 0,38%, aos 25.019,41 pontos, com ganho semanal de 2,28%. O S&P 500 subiu 0,11%, aos 2.801,31 pontos, com alta de 1,55% na semana, enquanto o Nasdaq avançou 0,03% e apresentou ganho de 1,93% na semana.

O dia tinha tudo para ser dos bancos. Dando o pontapé inicial para a temporada de balanços referentes ao segundo trimestre, o J.P.Morgan viu o lucro líquido subir 18% no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, para US$ 8,32 bilhões, o equivalente a US$ 2,29 por ação, acima do esperado por analistas (US$ 2,22). Mesmo assim, as ações do banco recuaram 0,46%, mesmo movimento visto nos papéis do Citigroup, que cederam 2,20%. O banco também informou que seu lucro líquido por ação superou a estimativa de US$ 1,56, ao subir para US$ 1,63. Nesse sentido, não surpreendeu a queda de 0,46% registrada pelo subíndice financeiro do S&P 500.

"Temos cortes de impostos, um regime regulatório mais brando, gastos fiscais... Tudo isso é, na maior parte, positivo para os mercados", disse o estrategista de ações do Wells Fargo, Sameer Samana. Para ele, o que será chave observar é o quanto as tarifas comerciais prejudicam a cadeia de fornecimento global e, potencialmente, aumentam a inflação.

No entanto, apesar dos aumentos nos juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano), os bancos seriam alvo de um fator de incerteza: o achatamento da curva de rendimentos dos Treasuries, à medida que o crescimento dos empréstimos bancários deve enfrentar forte desaceleração em um cenário de inversão da curva, que pressupõe uma recessão econômica em solo americano. O achatamento da curva se mostrou ainda mais presente na tarde desta sexta-feira, quando o spread entre o juro da T-note de dois anos (2,569%) e o retorno da T-note de dez anos (2,832%) chegou a 26 pontos-base, próximo do menor nível desde 2007.

O Nasdaq, por sua vez, apresentou fôlego na reta final do pregão para fechar em alta de 0,03%, aos 7.825,98 pontos, renovando a 23ª máxima histórica do ano. O índice foi apoiado, novamente, por Amazon (+0,91%), Facebook (+0,19%), Microsoft (+1,19%) e Alphabet (+0,26%), que também bateram recorde.

Acompanhe tudo sobre:AçõesBancosDow JonesNasdaq

Mais de Mercados

Banco Central anuncia leilão de linha com compromisso de recompra de até US$ 4 bilhões

CEO da Exxon defende que Trump mantenha EUA no Acordo de Paris

Ibovespa fechou em leve queda com incertezas fiscais e ata do Copom

SoftBank volta a registrar lucro trimestral de US$ 7,7 bilhões com recuperação de investimentos