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Música no Fantástico: Nubank recebe terceira recomendação de compra após balanço

Depois do Itaú BBA e BTG Pactual, agora foi a vez do Citi dar “upgrade” na ação da instituição financeira depois do resultado do segundo trimestre

Operação no México do Nubank tem enorme potencial de crescimento, avalia o Citi (Nubank/Divulgação)

Operação no México do Nubank tem enorme potencial de crescimento, avalia o Citi (Nubank/Divulgação)

Publicado em 20 de agosto de 2025 às 09h36.

O Nubank já pode pedir música no Fantástico depois que sua controladora, a Nu Holdings (ROXO34), recebeu o terceiro “upgrade” para suas ações listadas na bolsa de Nova York, desde que apresentou os resultados do segundo trimestre de 2025.

No período, o “roxinho” superou expectativas do mercado com lucro de US$ 637 milhões, mantendo a inadimplência controlada no período.

Dessa vez foi o Citi que atualizou o Nubank de venda para compra. Antes, o Itaú BBA e o BTG Pactual (do mesmo grupo de controle de EXAME) já haviam passado suas recomendações para a instituição financeira de “neutra” para “outperform” (equivalente a compra) logo após a divulgação do balanço dos meses de abril a junho desse ano.

Boa qualidade dos ativos

O Citi afirma que apesar das preocupações com o ambiente macroeconômico, vê os últimos trimestres como uma prova da capacidade do Nubank não apenas de navegar bem, mas também de acelerar em segmentos importantes, mantendo a boa qualidade dos ativos.

Para o Citi, a dinâmica dos lucros do Nu tem chance de acelerar, não apenas devido à dinâmica do Brasil, mas também aos ventos favoráveis do México e da Colômbia. Além disso, novas iniciativas na área de crédito parecem estar dando resultados, mantendo o ritmo acelerado de originação em carteiras-chave, como cartões de crédito, enquanto a qualidade dos ativos permaneceu sólida.

A reaceleração do volume total de transações financeiras processadas (TPV) é apontada pela Citi como positiva, principalmente porque aumenta as oportunidades de vendas cruzadas dentro da carteira de produtos do NU. Além disso, a taxa de take rate (índice de taxas cobradas) do banco melhorou nos últimos trimestres, permanecendo bem acima da média histórica.

Mudança de percepção sobre o Nubank

A disciplina do Nubank em relação às despesas, segundo o Citi, continua a apoiar o ROE (retorno sobre patrimônio), com uma composição estável, apesar do recente aumento de gastos com marketing. O ROE “de volta aos trilhos” é apontado pelo Citi como de grande importância.

A elevação de recomendação pelo Itaú BBA, BTG Pactual e agora pelo Citi é uma mudança de percepção do mercado sobre o Nubank, que vinha sendo questionado sobre a sua sustentabilidade de crescimento no médio e longo prazo.

O BTG prevê agora uma trajetória de crescimento mais robusta para o Nu, com aumento na emissão de empréstimos pessoais, maior pagamento com cartões de crédito e avanço no mercado mexicano. Já o Itaú BBA vê melhora de percepção do impacto macroeconômico sobre os empréstimos do banco, além de estabilidade na qualidade do crédito.

O Citi, no entanto, explica que há riscos para o Nubank de crescimento no mercado por conta de atraso nos cortes das taxas de juros no Brasil e da desaceleração do avanço do crédito no México.

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