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Mudança no IOF pode impulsionar fluxos em US$2,8 bi

Medida do vai permitir que mais títulos do governo brasileiro entrem em dois índices do banco JP Morgan

Maior investimento estrangeiro: remoção do IOF pode levar até US$ 30 bilhões para dentro do mercado local de títulos (Brendan McDermid/Reuters)

Maior investimento estrangeiro: remoção do IOF pode levar até US$ 30 bilhões para dentro do mercado local de títulos (Brendan McDermid/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2013 às 09h14.

Londres - A medida do Brasil para zerar a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre recursos para aplicação em renda fixa por estrangeiros vai permitir que mais títulos do governo entrem em dois índices do JP Morgan, potencialmente impulsionado os fluxos de capital ao país em pelo menos 2,8 bilhões de dólares, informou o banco nesta quinta-feira.

A remoção do IOF de 6 por cento, imposto em 2010, pode levar até 30 bilhões de dólares para dentro do mercado local de títulos, de acordo com algumas estimativas.

O dólar avançou 0,10 por cento frente ao real na quarta-feira, depois de registrar queda de 2 por cento logo no início dos negócios da sessão --movimento que perdeu força após a euforia inicial com a medida.

O JP Morgan, cujos índices de bônus são utilizados por 80 por cento dos investidores em mercados emergentes, disse em uma nota a clientes que 11 títulos brasileiros agora serão elegíveis para entrar em seus referenciais GBI-EM Narrow e GBI-EM Narrow Diversified indices.

"Fluxos potenciais para investidores passivos totalizam aproximadamente 2,8 bilhões de dólares", disse o banco.

Esses dois índices excluem países e títulos que impõem quaisquer formas de imposto ou controle da capitais para investidores internacionais.

A entrada de títulos nos índices aconteceria paulatinamente em um período de 10 meses a partir de 10 de agosto, segundo a instituição financeira.

Como resultado da entrada, o peso do Brasil no GBI-EM Narrow vai crescer de 1,13 para 26 por cento, se tornando o maior componente do índice. Já no GBI-EM Narrow Diversified, a participação subirá de 4,7 para 10 por cento, disse o JPMorgan.

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