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MRV sobe 4% após Credit Suisse elevar recomendação para a ação

Papel da construtora fica entre os maiores ganhos do Ibovespa; potencial de alta estimado é de 12%

CONSTRUTORAS: ações vivem período de euforia na bolsa, mas receita deve continuar ruim em 2017 / Germano Lüders (Germano Lüders/Exame)

CONSTRUTORAS: ações vivem período de euforia na bolsa, mas receita deve continuar ruim em 2017 / Germano Lüders (Germano Lüders/Exame)

BQ

Beatriz Quesada

Publicado em 25 de maio de 2022 às 12h32.

Última atualização em 25 de maio de 2022 às 14h12.

As ações da MRV (MRVE3) sobem perto de 4% e ficam entre as maiores altas do Ibovespa nesta quarta-feira, 25, após o Credit Suisse elevar a recomendação para os papéis de neutro para outperform, equivalente à compra.

Os analistas do banco decidiram ainda um novo preço-alvo para a ação, passando de R$ 15 para R$ 16, o que representa um potencial de valorização (upside) de 12%. O valor considera o preço de fechamento da véspera, quando a ação era negociada a R$ 9,40.

A mudança veio após a construção de um modelo de valuation separado para a empresa americana do grupo, a AHS. Fundada em 2012, a AHS constrói casas para a baixa renda americana.

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“Construímos um modelo separado para AHS, contemplando a expansão de suas operações e agora esperamos que a empresa represente 60% e 55% do resultado final da MRV em 2022 e 2023”, informou o relatório.

Os analistas defendem que a tendência de alta das taxas de hipoteca nos Estados Unidos poderia impulsionar a demanda por aluguéis e, considerando o aumento da inflação no aluguel, seria natural esperar uma migração da demanda de propriedade para aluguel. Os preços de aluguel também subiram — crescimento de 16% na comparação anual — o que leva o Credit a estimar um provável caminho de investidores buscando adquirir imóveis para posteriormente alugar.

O novo modelo estima que o preço-alvo apenas da operação da AHS seria de R$ 8, representando 50% do preço estimado para a MRV.

O banco suíço, no entanto, segue cauteloso com a operação de baixa renda da MRV no Brasil, que é o carro-chefe da empresa. A principal preocupação é o cenário inflacionário, que deve continuar pressionando as margens pelo menos até o final do ano.

“Continuamos céticos com o core business da MRV, mas vemos ventos favoráveis ​​da AHS apoiando uma possível reclassificação da ação”, afirmaram os analistas.

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