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MPX desiste de oferta de ações e aceita renúncia de Eike

A coluna Primeiro Lugar On-line de EXAME.com antecipou a saída do empresário da presidência do conselho da empresa


	A MPX decidiu cancelar a oferta pública de ações diante das condições desfavoráveis dos mercados acionários
 (Divulgação/MPX)

A MPX decidiu cancelar a oferta pública de ações diante das condições desfavoráveis dos mercados acionários (Divulgação/MPX)

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Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2013 às 08h13.

São Paulo - O conselho de administração da empresa de energia MPX decidiu cancelar a oferta pública de ações da companhia e promover um aumento de capital de 800 milhões de reais por meio de uma operação privada, diante das condições desfavoráveis dos mercados acionários, informou a companhia nesta quinta-feira.

O conselho também aceitou a renúncia do empresário Eike Batista do cargo de presidente e membro do grupo.

A recomendação para o cancelamento da oferta pública e promoção da capitalização privada partiu do banco BTG Pactual, que tem atuado como assessor financeiro do grupo EBX, de Batista.

Além disso, segundo a MPX, "investidores e acionistas relevantes da MPX não manifestaram interesse em participar da oferta pública". O empresário e gestores da MPX têm 29 por cento da empresa, com a alemã E.ON detendo 36 por cento e o restante em circulação no mercado acionário.

Um porta-voz da E.ON afirmou apenas que a renúncia de Batista ocorreu "por sua decisão pessoal". As ações das empresas do grupo EBX sofreram pesadas baixas na Bovespa nas últimas semanas, em meio à desconfiança de investidores sobre o fôlego financeiro das companhias e atrasos de projetos.

"Portanto, o BTG considerou que a oferta pública não seria viável em sua estrutura original nesse momento", divulgou a MPX. Inicialmente, a operação previa levantar pelo menos 1,2 bilhão de reais.

A capitalização será promovida ao preço de 6,45 reais por ação, valor de fechamento da ação da MPX na quarta-feira.

Parcela de cerca de 366,7 milhões de reais da operação será subscrita pela E.ON, que em março fechou acordo para comprar mais 24,5 por cento de participação na companhia de energia, numa operação de cerca de 1,5 bilhão de reais .

O restante poderá ser assumido pelo próprio BTG Pactual, que assinou compromisso para capitalização da empresa caso os atuais acionistas não subscrevam a parcela remanescente.

*Atualizado às 07h48

 

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