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Morte de Shinzo Abe, payroll, IPCA, Itaú compra Avenue e o que mais move o mercado

Dólar volta a ganhar força no mundo e estabelece novo recorde em 20 anos frente a moedas desenvolvidas

Shinzo Abe, ex-primeiro ministro do Japão (Issei Kato/Reuters)

Shinzo Abe, ex-primeiro ministro do Japão (Issei Kato/Reuters)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 8 de julho de 2022 às 07h32.

Última atualização em 8 de julho de 2022 às 09h05.

As principais bolsas internacionais operam sem uma direção definida nesta sexta-feira, 8, após expectativas de novos estímulos na China terem impulsionado o preço dos ativos no último pregão.

Embora temores de inflação e recessão sigam como pano de fundo do mercado global, parte das atenções permanecem na Ásia, onde investidores repercutiram o assassinato do ex-primeiro ministro do Japão Shinzo Abe durante discurso na última noite.

A bolsa de Tóquio, que abriu seguindo as altas significativas do mercado ocidental, perdeu força logo após o atentado ao ex-primeiro ministro e fechou próximo da estabilidade. Índices da China fecharam em queda.

Já o dólar voltou a subir, após cair na quinta-feira, 8, voltando a estabelecer um novo recorde em 20 anos contra moedas desenvolvidas.

A valorização da moeda americana tem sido um dos reflexos dos temores de contração global e aumento das taxas de juros do Federal Reserve. No mercado de renda fixa americano, a curva de rendimento dos títulos de 2 e 10 anos segue invertida desde terça-feira, 5. O fenômeno é tido como um dos mais importantes sinais de que haverá recessão na maior economia do mundo -- ainda que a tese seja rebatida por parte dos economistas.

Investidores ainda aguardam a divulgação do payroll, o relatório oficial do mercado de trabalho americano. Os dados do mês de junho estão previstos para às 9h30. Economistas esperam pela criação de 268.000 empregos não-agrícolas contra 390.000 do mês anterior. O consenso para a taxa de desemprego é de manutenção de 3,6%.

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Desempenho dos indicadores às 7h (de Brasília):

  • Dow Jones futuro (Nova York): + 0,18%
  • S&P 500 futuro (Nova York): + 0,00%
  • Nasdaq futuro (Nova York): - 0,22%
  • FTSE 100 (Londres): - 0,06%
  • DAX (Frankfurt): + 1,24%
  • CAC 40 (Paris): + 0,62%
  • Hang Seng (Hong Kong): + 0,38%
  • Shangai Composite (Xangai): - 0,25%
  • Nikkei 225 (Tóquio): + 0,10%

IPCA de junho

No Brasil, investidores seguem à espera do IPCA de junho. A expectativa é de que o principal indicador de inflação fique em 0,71% na comparação mensal. Para o acumulado de 12 meses a expectativa é de leve alta de 11,73% para 11,94%.

Números abaixo do esperado poderão reforçar a crescente expectativa de que a inflação brasileira está próxima do pico, dada a antecipação do aperto monetário do Brasil em relação a outros países.

A esperança de que o pior pode estar chegando ao fim  chegou a impulsionar a busca por ações de varejistas durante a semana. Os papéis, que estavam entre as piores performances do ano na bolsa, chegaram a saltar mais de 20% na semana.

Itaú compra Avenue

No radar corporativo, investidores deverão repercutir a compra da Avenue pelo Itaú, divulgada na manhã desta sexta. O banco anunciou a compra de 35% da Avenue por R$ 493 milhões, sendo que outros 15,1% serão adquiridos após dois anos da primeira etapa do negócio -- dando ao Itaú o controle da empresa. O Itaú (ITUB4) ainda terá a opção de exercer a compra da fatia restante da empresa após cinco anos.

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