Investidores começam a semana de olho em novas recomendações para a carteira diante de fatos como a eleição de Biden e a proximidade de uma vacina para a covid-19 (Cris Faga/NurPhoto/Getty Images)
Bloomberg
Publicado em 16 de novembro de 2020 às 09h25.
Última atualização em 16 de novembro de 2020 às 10h30.
Estrategistas do Morgan Stanley disseram que a expectativa de uma recuperação econômica em “formato de V”, maior clareza sobre vacinas contra a covid-19 e contínuo apoio de políticas oferecem um ambiente favorável para ações e crédito no próximo ano.
Em relatório sobre o cenário para 2021, estrategistas como Andrew Sheets recomendaram posição overweight (ou seja, com perspectiva de valorização) em ações e títulos corporativos em detrimento de dinheiro e dívida pública, além da venda de dólares. A volatilidade deve cair, e investidores precisam ser “pacientes” nos mercados de commodities, disseram os estrategistas.
“Esta recuperação global é sustentável, sincrônica e apoiada por políticas, seguindo grande parte do manual pós-recessão ‘normal’”, escreveram. “Confie na recuperação.”
Um índice de ações globais era negociado perto de nível recorde nesta segunda-feira, 16, em meio ao otimismo de que a distribuição esperada de vacinas e estímulos fiscais adicionais dos Estados Unidos irão impulsionar a economia mundial.
Ainda assim, céticos argumentam que a perspectiva de curto prazo é desafiadora, já que os países recorrem a restrições para combater o ressurgimento de casos de coronavírus e congressistas discutem sobre o tamanho dos gastos de estímulo dos EUA.
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O Morgan Stanley faz coro ao JPMorgan Chase e ao Goldman Sachs ao traçar uma perspectiva positiva para as ações. O estrategista do JPMorgan Marko Kolanovic disse que os resultados das eleições nos EUA criam um argumento de ganhos para os mercados, enquanto David Kostin, do Goldman Sachs, espera que a sociedade volte ao normal gradualmente em 2021.
A equipe do Morgan Stanley não espera um caminho fácil para o crescimento e destacou que desafios significativos permanecem. Os riscos incluem uma nova onda de covid-19 pior do que o esperado no inverno do Hemisfério Norte e um retorno à austeridade no longo prazo, de acordo com o relatório.