Morgan Stanley (Mario Tama/Getty Images)
Redatora na Exame
Publicado em 19 de maio de 2025 às 09h45.
O estrategista Michael Wilson, do Morgan Stanley, afirmou que o recuo das bolsas dos Estados Unidos após o rebaixamento da nota de crédito do país pela Moody’s deve ser visto como uma oportunidade de compra.
Em relatório divulgado nesta segunda-feira, 19, Wilson destacou que, a despeito do downgrade, a trégua comercial entre Washington e Pequim reduz as chances de uma recessão, favorecendo uma recuperação dos mercados.
Apesar da queda de 1,2% nos futuros do S&P 500 na manhã desta segunda, em resposta à decisão da Moody’s — que apontou o crescimento do déficit fiscal americano como motivo para o rebaixamento —, Wilson disse que “compraria essa baixa”.
O estrategista vê maior chance de correção no mercado após o rendimento dos Treasuries de 10 anos superar o nível de 4,5%.
A Moody’s foi a última das três grandes agências de classificação de risco a retirar o triplo A dos EUA, após decisões semelhantes da Fitch, em 2023, e da S&P, em 2011.
Para Wilson, o fim da temporada de balanços foi positivo, sem impactos relevantes das incertezas tarifárias, e o aumento recente nas revisões positivas de lucro sugere espaço para novas altas — mesmo diante de possíveis sinais fracos no comércio global.
Em março, o estrategista já havia alertado que a volatilidade nas ações americanas deve continuar até o segundo semestre. Hoje, ele está entre as poucas vozes que seguem recomendando ações dos EUA em relação a mercados internacionais.
No mesmo sentido, David Kostin, estrategista do Goldman Sachs, projeta que o grupo das “Sete Magníficas” — as principais gigantes de tecnologia americanas — deve retomar o desempenho superior ao do S&P 500, sustentado por bons resultados, após uma queda no início do ano causada pela venda de ações americanas consideradas caras.