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Moody’s rebaixa Argentina e vê acesso limitado a recursos

Teto soberano, que limita ratings das empresas, foi reduzido em um degrau

Sede do Banco Central da Argentina em Buenos Aires
 (Juan Mabromata/AFP)

Sede do Banco Central da Argentina em Buenos Aires (Juan Mabromata/AFP)

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Da Redação

Publicado em 25 de outubro de 2012 às 18h29.

São Paulo – A Moody’s rebaixou nesta quinta-feira o teto da nota soberana da Argentina de B2 para B3, mostra um comunicado enviado ao mercado. A agência de classificação de risco afirmou que a redução visa alinhar o teto do rating à nota do país, já em B3, e cita o aumento da preocupação sobre o acesso das empresas locais e do governo a recursos externos.

O teto soberano (ceiling) limita os ratings dos emissores locais. A mudança, portanto, pode ser acompanhada de uma série de revisões de papéis de companhias argentinas. A perspectiva da nota do país foi alterada para negativa em setembro.

“O Banco Central da argentina tem há algum tempo controlado a compra de moeda estrangeira por cidadãos. As restrições têm apertado e o BC recentemente se recusou a permitir os recursos pedidos de moeda estrangeira por um emissor local para atender ao pagamento de uma dívida”, ressalta a nota assinada por Gabriel Torres e Bart Oosterveld.

A agência cita o caso da Província de Chaco, que recentemente não teve a permissão para realizar um pagamento de uma dívida emitida na Argentina, mas em dólares.

“Enquanto reconhecemos que o BC atualmente permite a compra de dólares para atender as dívidas em títulos que estão sob a lei internacional e com o pagamento externo, as restrições crescentes ao acesso de moeda estrangeira para o pagamento no mercado doméstico torna a menor a certeza de disponibilidade de moeda para os pagamentos externos”, afirma a agência.

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