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Moody's corta ratings de dez bancos regionais dos EUA e anuncia revisão de seis outros

Setor bancário do país segue vulnerável a problemas, sugere agência

SVB: banco se tornou símbolo da crise no setor no início do ano (Sheldon Cooper/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)

SVB: banco se tornou símbolo da crise no setor no início do ano (Sheldon Cooper/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 8 de agosto de 2023 às 09h48.

Última atualização em 8 de agosto de 2023 às 10h50.

A Moody's cortou na noite desta segunda-feira, 7, os ratings de dez bancos regionais dos Estados Unidos e informou que estava revisando as notas de seis outras instituições, diante de lucros menores e maiores custos de financiamento.

M&T Bank, Pinnacle Financial Partners e Commerce Bancshares estavam entre os rebaixados. Os cortes foram de uma nota, e todos os bancos seguiam com grau de investimento. A Moody's ainda revisa os ratings de seis outros bancos, entre eles Bank of New York Mellon, Northern Trust, State Street e US Bancorp, e atribuiu perspectiva negativa a 11 outros bancos americanos.

A ação da agência sugere que o setor bancário do país segue vulnerável a problemas, como o estresse de mais cedo neste ano que levou à quebra de alguns menores no setor, entre eles o Silicon Valley Bank (SVB). Os desafios incluem bônus desvalorizados, investidores cautelosos, retirada de depósitos e custos mais altos de financiamento.

Por que os bancos estão sofrendo nos EUA

A campanha do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) para elevar juros a fim de combater a inflação "continua a ter um impacto substancial sobre o financiamento do sistema bancário dos EUA e de seu capital econômico", avalia a Moody's. Os juros mais elevados continuam a reduzir o valor dos bônus e de outros ativos dos bancos regionais, deixando os bancos com "perdas não realizadas consideráveis" e vulneráveis a quedas nos preços das ações caso os investidores fiquem cautelosos, disse a agência.

As ações de rating ainda apontavam para a perspectiva de uma recessão nos EUA no início de 2024, erodindo a demanda por empréstimos e potencialmente levando a defaults em empréstimos. A agência afirmou também que os bancos poderiam ser atingidos por problemas no mercado imobiliário, entre eles as taxas de juros mais altas, escritórios vazios e a menor disponibilidade de crédito.

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