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Moody’s coloca rating da Suzano em revisão para possível rebaixamento

Agência destaca os fracos resultados operacionais com a queda dos preços de celulose e da deterioração do ambiente macroeconômico

As ações preferenciais classe A da Suzano registram uma desvalorização de 33,2% em 2011 (GERMANO LUDERS)

As ações preferenciais classe A da Suzano registram uma desvalorização de 33,2% em 2011 (GERMANO LUDERS)

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Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2011 às 10h55.

São Paulo – A agência de classificação de Moody’s colocou nesta quinta-feira as notas Baa3, em moeda estrangeira, e Aa1.br, em escala nacional, da Suzano Papel e Celulose (SUZB5) em revisão para possível rebaixamento.

De acordo com o comunicado, a revisão foi determinada pelos fracos resultados operacionais provenientes da redução dos preços de celulose e da deterioração do ambiente macroeconômico.

“O significativo programa de investimentos de 9,7 bilhões de reais no período entre 2011 e 2013 pressionará a liquidez e elevará sua alavancagem, possivelmente bem acima de nossas expectativas inicias, quando atribuímos os ratings pela primeira vez”, justificou a agência.

Nos últimos 12 meses, a alavancagem da companhia medida pelo múltiplo dívida líquida ajustada sobre Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu o patamar de 4,1 vezes.

Queda no balanço...

A Suzano registrou lucro líquido pior do que o esperado pela média do mercado no segundo trimestre deste ano, afetado por depreciação e aumento de custos de produtos vendidos.

Entre abril e junho, a segunda maior produtora brasileira de celulose lucrou 103,6 milhões de reais, queda de 15,5% em relação ao mesmo período de 2010.

A geração de caixa medida pelo Ebitda totalizou 276 milhões de reais, recuo de 33% em comparação aos 412,7 milhões de reais do período entre abril e junho do ano passado.

...e na bolsa

As ações preferenciais classe A da Suzano registram uma desvalorização de 33,2% em 2011. No mesmo período, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, mostra uma queda de 19,2%. Em setembro, a performance dos papéis da companhia é positiva em 8,8%, contra uma queda de 0,9% do Ibovespa.

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