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Moody`s reconhece posição de mercado da BM&F Bovespa e confere nota A1

Agência de classificação de risco destaca o monopólio com "significativo poder de precificação", mas alerta para investimentos em tecnologia

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Da Redação

Publicado em 14 de setembro de 2010 às 17h08.

São Paulo - A Moody`s conferiu a nota A1 para a BM&FBovespa (BVMF3), revela relatório publicado nesta quinta-feira (27). A agência de classificação de risco destaca, principalmente, o poder que o monopólio da bolsa brasileira detém na negociação de preços com o seus clientes, além da alta alavancagem operacional. "O rating reflete o poder de mercado efetivo da BM&F Bovespa como a única bolsa no mercado de ações e derivativos no Brasil", escrevem os analistas Ceres Lisboa e Alexander Yavorsky.

A capacidade de diversificação das receitas por meio de parcerias estratégicas também traz conforto à geração de caixa da bolsa brasileira, que atingiu 975 milhões de reais em 2009, destaca a agência. "Esses fatores reduzem a vulnerabilidade da bolsa a quedas cíclicas nos volumes de trading em um ou todos os ativos negociados", mostra a nota. O rating A1 está no grau de investimento e é considerado de grau médio-alto.

Apesar disso, ainda existem três principais desafios: a administração de risco de crédito, mercado, liquidez e operacional nas câmaras de compensação; a dependência de tecnologia avançada, o que exige investimentos elevados e as ameaças competitivas, que poderiam atrapalhar o poder de precificação da bolsa. Mesmo considerando esses três pontos desafios, a Moody`s não enxerga grandes riscos.

As câmaras de compensação, por exemplo, tem um gerenciamento de risco sofisticado e conservador. Tal perfil mostrou ser bastante eficaz durante a crise de 2008. Em relação à tecnologia, a bolsa já anunciou melhorias em grande escala. “Isto é crucial à medida que os usuários finais se tornarem mais sensíveis à latência da rede”, afirma a agência. Sobre a concorrência, os analistas lembram que, apesar de bastante integrada, a bolsa está vulnerável à competição. "No entanto, parece ser improvável a existência de concorrência relevante no curto prazo", completa a Moody`s.
 

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