Mercados

Moody's rebaixa nota dos bancos franceses Crédit Agricole e Société Générale

Exposição à dívida grega foi um dos motivos dos rebaixamentos dos ratings de bancos

Para o Société Générale, a classificação caiu de "Aa2" para "Aa3" (Pascal Le Segretain/Getty Images)

Para o Société Générale, a classificação caiu de "Aa2" para "Aa3" (Pascal Le Segretain/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de setembro de 2011 às 14h57.

Paris - A agência de classificação de riscos Moody's anunciou nesta quarta-feira o rebaixamento da nota dos bancos franceses Crédit Agricole e Société Générale, o primeiro por sua exposição à dívida grega e o segundo pelo dispositivo de ajuda pública ao sistema financeiro.

Por outro lado, a Moody's não alterou a nota do BNP Paribas, outro grande banco francês para o qual também se temia uma degradação devido aos riscos de uma reestruturação da dívida grega, embora a agência tenha precisado que seguirá mantendo-o sob controle para um eventual rebaixamento.

No caso do Crédit Agricole, a qualificação passou de "Aa1" para "Aa2", e a agência advertiu que a entidade segue em revisão perante uma possível nova deterioração pela "persistente fragilidade dos mercados de financiamento dos bancos".

Para o Société Générale, a classificação caiu de "Aa2" para "Aa3", e isso embora a Moody's tenha estimado que sua capitalização atual lhe oferece "um colchão adequado para suportar sua exposição (às dívidas) grega, portuguesa e irlandesa".

O BNP Paribas anunciou hoje uma série de medidas para reforçar seu capital, em particular assinalando o objetivo de dispor a partir de 1º de janeiro de 2013 de 9% de fundos próprios com relação a seus créditos.

Em sua primeira reação, o governador do Banco da França, Christian Noyer, insistiu na solidez dos bancos franceses e minimizou a mudança da nota produzida pela Moody's, assinalando que já era esperada.

"Os bancos franceses conservam uma nota excelente e estão no mesmo nível dos grandes bancos europeus", ressaltou Noyer, que acrescentou que não se faz necessária uma intervenção e que uma nacionalização "não teria nenhum sentido".

A decisão da Moody's acontece horas antes de o presidente francês, Nicolas Sarkozy, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o primeiro-ministro grego, George Papandreou, manterem uma conversa por telefone sobre a crise da dívida da Grécia e as consequências para o sistema bancário.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasBancosMercado financeiroEmpresas francesasFinançasAgências de ratingMoody'sBNP ParibasRatingCrédit AgricoleSociété Générale

Mais de Mercados

Motiva vende aeroportos a grupo mexicano por R$ 11,5 bilhões

Investidor diminui posição em bolsa após rali do Ibovespa, diz estudo

Ibovespa fecha em baixa pelo 2º dia seguido com aversão global ao risco

Dólar firma queda na reta final do pregão e fecha em R$ 5,31