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Moody's rebaixa nota de 4 bancos portugueses

Atitude da agência de classificação de risco ocorreu em consequência do corte que sofreu a solvência financeira do país na última quarta

Moody's também reduziu em três níveis a nota do maior banco português, o estatal Caixa Geral de Depósitos (Getty Images)

Moody's também reduziu em três níveis a nota do maior banco português, o estatal Caixa Geral de Depósitos (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 7 de julho de 2011 às 06h47.

Lisboa - A agência Moody's rebaixou nesta quinta-feira em três e quatro degraus a classificação da dívida de quatro bancos portugueses, como consequência do corte que sofreu a solvência financeira do país nesta semana.

A agência de classificação de riscos desceu em quatro degraus a nota da dívida, garantida pelo Estado, do Banco Comercial Português (BCP) e do Banco Internacional do Funchal (Banif), até Ba2 com perspectiva negativa, o mesmo nível de bônus lixo com o qual avaliou Portugal na quarta-feira.

A Moody's também reduziu em três níveis a nota do maior banco português, o estatal Caixa Geral de Depósitos (CGD), e a do Banco Espírito Santo (BES), até Ba1, um degrau acima da nota do país, mas os mantém em vigilância para outro possível rebaixamento.

Entre os grandes bancos lusos, os únicos que não estão incluídos no rebaixamento são o Banco Português de Investimento (BIS) e o Santander Totta, propriedade da entidade espanhola Santander.

Até agora, as quatro entidades financeiras afetadas tinham a nota Baa1, mas passaram a contar com uma classificação considerada de grande risco de insolvência e desaconselhável para os investidores, o que prejudicará, assim como no caso do Estado português, seu acesso a crédito e suas operações financeiras.

A Moody's justificou o rebaixamento da nota dos quatro bancos pela exposição das entidades aos problemas econômicos do Estado português, cuja classificação foi reduzida, por sua vez, pelo "crescente risco" de que descumpra a redução do déficit prevista e tenha de pedir mais ajuda.

A agência ainda deixou Portugal sob vigilância com perspectivas negativas, em uma medida questionada por empresários, banqueiros e autoridades do país e que motivou também críticas de vários Governos da União Europeia (UE) e da Comissão Europeia (CE).

A Bolsa de Valores de Lisboa, que abriu nesta quinta-feira com ligeira alta de 0,3%, caiu 3,03% ontem.

O Governo português, surpreendido pelo rebaixamento de sua nota apesar das duras medidas econômicas que anunciou na semana passada, realizará nesta quinta-feira um conselho de ministros centrado na decisão da Moody's.

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