Mercados

Moody's muda perspectiva do rating da OAS para negativa

Agência afirmou os ratings da OAS em B1 e mudou a perspectiva para "negativa", de "estável"


	Funcionário da OAS: perspectiva do rating mudou para "negativa"
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Funcionário da OAS: perspectiva do rating mudou para "negativa" (Dado Galdieri/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2014 às 17h51.

Nova York - A Moody's Investors Service afirmou os ratings da OAS em B1 e mudou a perspectiva para "negativa", de "estável".

Segundo a agência, a mudança na perspectiva "foi motivada pela percepção da Moody's de um maior risco operacional para a OAS, com base em acusações de corrupção que envolvem seus principais executivos.

Embora as investigações ainda estejam em andamento e nenhuma conclusão tenha sido atingida, nós acreditamos que esses eventos podem afetar negativamente a execução da estratégia de crescimento da OAS no curto prazo".

A Moody's diz ainda que "a perspectiva negativa também reflete a perspectiva de métricas de crédito mais fracas e taxas de alavancagem persistentemente elevadas para a companhia ao longo dos próximos 12 a 18 meses, pressionadas por inflação e taxas de juro mais altas.

O ambiente macroeconômico fraco e os desafios fiscais do Brasil podem resultar em taxas mais baixas de investimento e em menos projetos sendo leiloados em 2015, assim como demora na aprovação de demandas por recuperação de margem em projetos públicos".

A agência diz ainda que "os ratings da OAS poderão ser rebaixados se a Moody's antecipar uma deterioração adicional no ambiente operacional (derivada de uma desaceleração econômica e/ou de acontecimentos judiciais e administrativos), impactando negativamente as margens da OAS ou sua estratégia financeira e perfil de liquidez.

Quantitativamente, os ratings podem ser rebaixados se não houver melhora nas métricas de crédito; por exemplo, se a relação entre fluxo de caixa retido e dívida líquida permanecer abaixo de 5% (de 4,2% em 30 de junho de 2014), ou se a cobertura dos juros pelo Ebitda permanecer abaixo de 1,0 vez (de 0,7 vez em 30 de junho de 2014) por um período prolongado".

Para a Moody's, "uma elevação dos ratings é improvável neste momento, mas a perspectiva dos ratings poderá ser estabilizada se a companhia for capaz de sustentar crescimento de receita e um desempenho operacional adequado, melhorando gradualmente, ao mesmo tempo, suas taxas de alavancagem.

Quantitativamente, uma estabilização de rating exigiria que a relação entre dívida bruta e Ebitda ajustado da companhia permaneça abaixo de 6,5x (de 7,4x em 30 de junho de 2014), ao lado de um perfil de liquidez adequado".

Acompanhe tudo sobre:Agências de ratingEmpresas brasileirasMercado financeiroMoody'sOASRating

Mais de Mercados

Musk, Bezos, Zuckerberg: os bilionários que mais perderam dinheiro após tarifas de Trump

CEOs já acreditam que Estados Unidos estão em recessão, diz Larry Fink, da BlackRock

Mercados europeus fecham em queda pela 4ª sessão consecutiva com temor sobre guerra comercial

S&P 500 entra no bear market após Trump ameaçar China com tarifas adicionais