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Moody's corta Nokia para "lixo" com temor sobre caixa

Empresa está apostando suas chances de recuperação em uma nova linha de smartphones chamada Lumia

Traseira do celular Lumia: as ações da Nokia acumulam desvalorização de mais de 50% (Divulgação/Nokia)

Traseira do celular Lumia: as ações da Nokia acumulam desvalorização de mais de 50% (Divulgação/Nokia)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2012 às 12h00.

A agência de classificação de risco Moody's reduziu a recomendação de crédito da Nokia para "junk", grau especulativo, depois que a fabricante finlandesa de celulares alertou que fará mais 10 mil cortes de empregos e previu desaceleração de vendas de aparelhos com Windows.

Analistas do setor também reduziram seus preços-alvo para os papéis da Nokia, em meio a temores de que a companhia continuará perdendo mercado para Apple, Google e Samsung Electronics.

A Moody's é a terceira agência de ratings a relegar à Nokia situação abaixo do grau de investimento, o que significa que muitos investidores institucionais como fundos de pensão não comprarão os bônus da empresa. S&P e Fitch reduziram suas recomendações sobre a companhia em abril.

A Nokia está apostando as chances de sua recuperação em uma nova linha de celulares inteligentes chamada Lumia, que usam o sistema operacional da Microsoft, mas as vendas por enquanto têm sido lentas. A Nokia substituiu sua própria plataforma pela da Microsoft em 2011.

"A ação de hoje sobre o rating reflete nossa visão de que o plano de reestruturação ampla da Nokia... traça uma escala de pressão sobre resultados e consumo de caixa maior do que assumíamos anteriormente", afirmou Wolfgang Draack, analista da Moody's em nota.

Pelo menos dez corretoras cortaram seus preços-alvo sobre as ações da Nokia, que acumulam desvalorização de mais de 50 por cento desde o início do ano.

"O atual alerta de lucro da Nokia reflete a necessidade da companhia ter de promover descontos significativos sobre os novos produtos Lumia para o ecossistema da plataforma atrair interesse de varejistas, operadoras e consumidores", escreveu o UBS em relatório.

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