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Moody's corta desejado rating "Aaa" do Reino Unido

A tendência de crescimento para a economia britânica é de entre 2% e 2,5%, disse a analista de rating soberano da Moody's, Sarah Carlson


	Imagem do prédio da Moody's
 (Reprodução)

Imagem do prédio da Moody's (Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 22 de fevereiro de 2013 às 22h18.

Nova York - A agência de classificação de risco Moody's reduziu nesta sexta-feira o rating da dívida do Reino Unido de "Aaa" para "Aa1", citando uma fraqueza na perspectiva de crescimento da economia britânica no médio prazo que deve se estender por anos.

A Moody's é a primeira das principais agências a derrubar o Reino Unido de sua classificação mais alta. A Moody's voltou a atribuir a perspectiva "estável" para o rating, enquanto tanto a Standard & Poor's quanto a Fitch mantêm perspectivas negativas.

A notícia provavelmente vai intensificar críticas do Partido Trabalhista em oposição ao programa de austeridade do ministro das Finanças, George Osborne, cujo plano está dois anos atrasado em relação a sua meta original de eliminar em larga escala o déficit orçamentário britânico até 2015.

A Moody's disse que, apesar de consideráveis forças econômicas, o crescimento deve ser fraco devido à combinação de atividade econômica global mais reduzida e ao impacto na economia britânica "do contínuo processo de deslavancagem dos setores público e privado".

A tendência de crescimento para a economia britânica é de entre 2 por cento e 2,5 por cento, disse a analista de rating soberano da Moody's Sarah Carlson em entrevista à Reuters.

"Vemos o crescimento se recuperando lentamente em direção a essa tendência (...) mas, se você levar em conta uma combinação das dinâmicas de crescimento e fiscais, o resultado é que o peso da dívida sobre o Produto Interno Bruto (PIB) atinge o pico em 2016, significativamente mais tarde do que o esperado há alguns anos", completou.

A Moody's estima que a proporção da dívida sobre o PIB do Reino Unido atinja seu ponto máximo em 2016 a 96 por cento, contra apenas pouco menos de 90 por cento agora.

"É um acontecimento bastante importante. Não vemos uma grande reação no mercado porque é tarde no horário de Nova York. Mas veremos vendas mais agressivas quando os mercados abrirem (na Ásia) no domingo", disse a diretora de operações da BK Asset Management em Nova York, Kathy Lien.

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