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Moody's coloca ratings da Cemig em revisão para rebaixamento

Agência colocou ratings em revisão citando deterioração das métricas de crédito


	Cemig: aualmente, a companhia tem rating em escala global "Ba1" pela Moody's
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Cemig: aualmente, a companhia tem rating em escala global "Ba1" pela Moody's (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 3 de fevereiro de 2014 às 17h21.

São Paulo - A agência de classificação de risco Moody's colocou nesta segunda-feira os ratings da estatal mineira de energia Cemig e de suas controladas Cemig-D e Cemig-GT em revisão para um possível rebaixamento, citando deterioração das métricas de crédito.

Atualmente, a Cemig tem rating em escala global "Ba1" pela Moody's, enquanto a Cemig Distribuição e a Cemig Geração e Transmissão têm nota "Baa3".

Segundo a Moody's, a revisão da Cemig-D reflete a deterioração das métricas de crédito da companhia como resultado do impacto negativo do Terceiro Ciclo de Revisão Tarifária.

"Nós também estimamos que a Cemig D, assim como outras companhias de distribuição no Brasil, pode enfrentar significativa pressão na liquidez em 2014, diante de maiores custos relacionados à compra de energia térmica como resultado da continuidade das condições apertadas de fornecimento de energia com condições desafiadoras de hidrologia no país", acrescentou a Moody's.

Já no caso da Cemig GT, a revisão deve-se à não renovação das concessões de geração de energia que totalizam 642 megawatts (MW) e serão devolvidas ao governo federal em 2017. Além disso, a revisão considera o potencial retorno à União de 1.819 MW em energia asseguradas da hidrelétricas Jaguara, Miranda e São Simão, pendente de decisão da Justiça.

A Moody's menciona ainda significativa redução das receitas operacionais (336 milhões de reais por ano) e do Ebitda --sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação-- como resultado da renovação antecipada e onerosa das concessões de transmissão de energia.

"Não obstante, é o objetivo da Cemig compensar o impacto negativo significativo da perda de capacidade de geração, como resultado da Medida Provisória 579 (de renovação das concessões do setor elétrico), por meio de aquisição ambiciosa e programa de joint venture", acrescentou a Moody's.

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