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Moody's coloca dívida da Irlanda sob observação, com risco de rebaixamento

No início do semestre, a Moody's já havia rebaixado a avaliação da dívida da Irlanda como consequência da perda da força financeira do Governo de Dublin

Brian Cowen, primeiro-ministro da Irlanda: país está com dívida soberana em observação (.)

Brian Cowen, primeiro-ministro da Irlanda: país está com dívida soberana em observação (.)

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Da Redação

Publicado em 5 de outubro de 2010 às 07h06.

Dublin - A agência de classificação de riscos Moody's colocou a dívida soberana da Irlanda sob observação, com possibilidade de rebaixamento.

A medida, segundo a agência, responde ao alto custo do resgate governamental ao sistema bancário nacional, que poderia chegar aos 50 bilhões de euros, à "fraqueza" da economia em geral e às poucas perspectivas de crescimento.

Em comunicado, a Moody's lembra que o resultado do resgate dos bancos elevará o déficit público do Estado irlandês - o mais alto da União Europeia (UE) - para 32% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010.

"A capacidade da Irlanda de manter sua força financeira enfrenta crescente incerteza como resultado desses fatores, que, em conjunto, aumentarão sua dívida e agravarão sua possibilidade de acesso aos mercados de dívida", indicou em nota Dietmar Hornung, analista-chefe da Moody's para a Irlanda.

A agência já rebaixou em julho a avaliação da dívida da Irlanda como consequência da "gradual" e "significativa" perda de "força financeira" do Governo de Dublin.

Naquele mês, a Moody's rebaixou de Aa1 para Aa2 a qualificação dos títulos da dívida pública ao indicar também que o crescimento econômico do país para os próximos três a cinco anos se encontra abaixo de sua "média histórica".

O Banco Central da Irlanda revisou nesta segunda-feira para baixo suas previsões de crescimento para a economia nacional em 2010, ao situar o aumento do PIB em 0,2% , 0,6 pontos percentuais a menos que em sua análise de julho.

Para 2011, o Banco Central também rebaixou em 0,4% suas previsões de crescimento do PIB e as fixou agora em 2,4%.

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