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Moody's altera perspectiva da Petrobras para negativa

Endividamento da estatal e incertezas fizeram com que perspectiva estável fosse rebaixada


	Plataforma da Petrobras: relação dívida sobre Ebitda da companhia está acima da meta de 2,5 vezes e pode chegar a 3 vezes no ano que vem
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Plataforma da Petrobras: relação dívida sobre Ebitda da companhia está acima da meta de 2,5 vezes e pode chegar a 3 vezes no ano que vem (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 17 de dezembro de 2012 às 20h29.

A agência de classificação de risco de crédito Moody's alterou nesta segunda-feira a perspectiva de rating da Petrobras para dívida em moeda local e internacional, de estável para negativa, de acordo com comunicado.

"A perspectiva negativa reflete os crescentes níveis de dívida da companhia e incertezas sobre os prazos e entrega de produção e fluxo de caixa frente a grandes orçamentos de capital", afirmou a Moody's em nota.

Segundo a agência de risco, a Petrobras enfrenta crescentes níveis de dívida, o que aumenta a pressão sobre os custos, os riscos de execução dos projetos, e compromete as metas de produção.

"Importações crescentes e políticas de preços do governo complicam ainda mais esses desafios (...) A pressão sobre os lucros pode pressionar ainda mais a capacidade da empresa de levar adiante grandes investimentos", informou a agência em nota.

"No médio prazo, a capacidade da empresa para reduzir custos e gerenciar a crescente alavancagem financeira será a chave para uma perspectiva estável."


CONSELHO

O alto endividamento da Petrobras já começa a preocupar a cúpula da companhia.

O assunto será tema da última reunião de 2012 do Conselho de Administração da companhia, na terça-feira, disse uma fonte com conhecimento do assunto nesta segunda-feira.

Segundo a fonte, que pediu anonimato, a relação dívida sobre o Ebitda (geração de caixa) da estatal é de 2,6 vezes, acima da meta de 2,5 vezes, e pode chegar a 3 vezes no próximo ano.

O limite é exigido pelas agências de classificação de risco em companhias com grau de investimento.

Se perder o grau de investimento, a Petrobras também perderia condições mais atrativas de crédito externo A estatal deve encerrar 2012 com captações de 25 bilhões de dólares, um volume que supera a média anual projetada no plano de negócios 2012-2016, de 16 bilhões de dólares por ano. .

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