Mercados

MMX vê "artificialidade" na queda do preço do minério na China

Rio de Janeiro - A queda no preço do minério de ferro no mercado à vista na China pode estar associada a uma "artificialidade" do mercado, indicou o presidente da MMX, Roger Downey, nesta terça-feira, argumentando que a demanda continua forte e não haveria motivos para uma baixa. Essa situação, acrescentou o executivo, ocorre em […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2010 às 21h30.

Rio de Janeiro - A queda no preço do minério de ferro no mercado à vista na China pode estar associada a uma "artificialidade" do mercado, indicou o presidente da MMX, Roger Downey, nesta terça-feira, argumentando que a demanda continua forte e não haveria motivos para uma baixa.

Essa situação, acrescentou o executivo, ocorre em meio ao novo sistema para a precificação adotado pelas grandes mineradoras, que a partir de abril passaram a estabelecer os preços trimestralmente --e não mais anualmente--, com base na cotação do mercado à vista.

A cotação do minério no "spot" chinês, que chegou a 190 dólares por tonelada em maio deste ano, hoje está em torno de 116 dólares.

"O estranho é que a oferta e a demanda estão fortes, me parece uma artificialidade", disse Downey a jornalistas, referindo-se ao novo sistema trimestral de preços que, segundo ele, não foi assimilado totalmente pelo mercado.

"O mercado está com a demanda firme, temos solicitação de contratos adicionais todo dia e até quem queira comprar ações da nossa empresa", completou.

Mesmo assim, Downey prevê que o preço do minério de ferro vai se recuperar até do final do ano e que a perspectiva para o setor é positiva no longo prazo.

Em palestra na Latin American Iron Steel Trends, o executivo disse que nos próximos três anos a oferta e demanda por minério de ferro devem estar mais próximas de se encontrar, após vários projetos terem sido paralisados por conta da crise.

Apesar disso, ele avalia que o consumo continuará acima da capacidade de fornecimento nos próximos três anos. 

"A preocupação é com a oferta e demanda a partir de 2013, o que é bom para nós, isso vai resultar em preços mais altos no longo prazo", afirmou.

Ele explicou que mesmo que a economia chinesa cresça a uma velocidade inferior à atual, para em torno de 8 por cento, ainda haverá necessidade de um grande volume de aço para garantir a urbanização do pais.

Para acompanhar esse crescimento, a MMX investe para expandir sua produção de 10 milhões de toneladas para 45 a 46 milhões de toneladas de minério até 2015.
 

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaEike BatistaEmpresáriosEmpresasIndústriaMineraçãoMMXOSXPersonalidadesSiderúrgicas

Mais de Mercados

Por que a China não deveria estimular a economia, segundo Gavekal

Petrobras ganha R$ 24,2 bilhões em valor de mercado e lidera alta na B3

Raízen conversa com Petrobras sobre JV de etanol, diz Reuters; ação sobe 6%

Petrobras anuncia volta ao setor de etanol