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Ministro da Argentina tenta acalmar mercado pelo Twitter

"As tentativas de gerar histeria coletiva são intencionais", afirmou Boudou, através de sua conta na rede social

Nota de 100 pesos argentinos, que o país deve importar do Brasil (Divulgação/Viagem e Turismo)

Nota de 100 pesos argentinos, que o país deve importar do Brasil (Divulgação/Viagem e Turismo)

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Da Redação

Publicado em 31 de outubro de 2011 às 20h50.

Buenos Aires - O ministro de Economia da Argentina e vice-presidente eleito, Amado Boudou, tentou hoje acalmar as expectativas do mercado local em torno da cotação do câmbio e, ao mesmo tempo, denunciou manobras para provocar tensão por meio da rede de microblogs Twitter.

"As tentativas de gerar histeria coletiva são intencionais", afirmou Boudou, através de sua conta na rede social. Em três mensagens consecutivas, Boudou disse que "nada mudou em relação à possibilidade de comprar dólares. Toda pessoa que puder demonstrar suas rendas pode adquiri-los".

Boudou também negou a possibilidade de desvalorização da moeda nacional, o peso, cotado hoje em 4,265 por dólar, e tentou tranquilizar a população. "É importante que os que têm suas contas em dia, tenham tranquilidade", disse ele em referência à norma que passou a exigir que toda compra de dólar seja autorizada pela receita federal.

Para completar, Boudou avisou: "Aqueles que esperam que este governo deixe de defender o país porque ganhou as eleições, se esqueçam".

Desde quarta-feira passada, o governo de Cristina Kirchner vem adotando uma série de medidas de restrição às operações de compra e venda por parte de pessoas jurídicas e físicas, para desaquecer o mercado de câmbio.

A partir de hoje todas as operações precisam ser autorizadas pela receita, através de um sistema online. O governo prometeu agilidade no sistema, mas o primeiro dia, segundo relataram operadores, foi caótico. Houve muitas reclamações de clientes e dos próprios bancários e empregados das casas de câmbio. Algumas não funcionaram. Mesmo assim, a demanda exigiu US$ 100 milhões do Banco Central no mercado para manter a cotação de 4,265 pesos por dólar.

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