Unidade da Minerva Foods. (foto/Divulgação)
Estadão Conteúdo
Publicado em 11 de maio de 2022 às 19h05.
Última atualização em 11 de maio de 2022 às 19h27.
A Minerva Foods registrou lucro líquido de R$ 114,6 milhões no primeiro trimestre de 2022. O valor representa queda de 55,8% ante o lucro de R$ 259,5 milhões reportado em igual período de 2021.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) alcançou o patamar recorde para o período de R$ 646 milhões, alta de 33,2% sobre os R$ 484,9 milhões verificados no mesmo intervalo do ano anterior. A margem Ebitda foi de 8,9%, ante 8,4% no primeiro trimestre de 2021.
A receita líquida obtida entre janeiro e março somou R$ 7,229 bilhões, alta de 24,6% sobre os R$ 5,803 bilhões obtidos nos três meses do ano anterior, segundo a empresa.
As exportações continuam correspondendo a mais da metade da receita obtida pela Minerva, cerca de 70% do acumulado, ou R$ 5,359 bilhões, enquanto o mercado interno foi responsável por 32% do total, ou R$ 2,268 bilhões. A empresa diz, em comunicado, que o resultado das exportações a consolida como líder na exportação de carne bovina na América do Sul com aproximadamente 20% de market share.
O índice de alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda) ficou em 2,5 vezes, estável em relação ao quarto trimestre do ano passado, mas superior a um ano antes, quando o índice era de 2,4 vezes.
"Demos continuidade a nossa estratégia em busca de uma estrutura de capital menos onerosa, recomprando e cancelando aproximadamente US$ 131,6 milhões referentes às Notas 2028 e 2031", diz a companhia.
A Minerva também informou que o volume de vendas diminuiu 5,1% no primeiro trimestre deste ano, passando de 290,4 mil toneladas para 275,7 mil toneladas.
"Isso é estoque e retomada de produtos. E, obviamente, o desafio logístico continua", disse o CEO da Minerva Foods, Fernando Queiroz, em entrevista. Da mesma forma, no primeiro trimestre de 2022, os abates subiram 1,4% para 874,2 mil cabeças.
A companhia informou, ainda, que efetuou o pagamento de dividendos complementares no montante de R$ 200 milhões, ou cerca de R$ 0,34/ação, totalizando R$ 400 milhões ou R$ 0 69/ação distribuídos na forma de proventos referentes ao exercício fiscal de 2021, alcançando um payout de aproximadamente 70% do lucro líquido do período.
(Estadão Conteudo)