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Minas Gerais recebe grau de investimento pela S&P

Agência elogia qualidade da estrutura econômica do Estado; perspectiva é estável

Vista de Belo Horizonte: Minas Gerais recebe grau de investimento (Wikimedia Commons)

Vista de Belo Horizonte: Minas Gerais recebe grau de investimento (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 5 de julho de 2012 às 12h28.

São Paulo – A Standard & Poor’s atribuiu o rating AAA na escala nacional brasileira para Minas Gerais, nota que configura grau de investimento, segundo a escala da agência. A S&P também atribuiu o rating BBB- na escala global para o Estado. A perspectiva dos ratings é estável.

Em comunicado, a agência afirmou que a qualidade de crédito de Minas Gerais reflete uma estrutura econômica forte e bem diversificada. A agência estima que o PIB do Estado corresponda a 9% do total brasileiro. As perspectivas macroeconômicas favoráveis para o país continuarão dando suporte ao desenvolvimento econômico do Estado no médio prazo, estima a agência.

Sobre o cenário político, a S&P destaca que Minas Gerais está com o mesmo partido no governo há quase uma década, mas diz que isso beneficiou a região e ajudou a fortalecer os procedimentos de administração.

Em seu relatório, a agência de classificação de risco avaliou que a carga de endividamento de Minas Gerais tem declinado gradualmente pela continuidade de orçamentos equilibrados ao longo de vários anos. Isso aconteceu mesmo com a dívida do Estado sendo atrelada ao IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna), que atualmente é mais alto que o IPCA, indicador oficial da inflação.

O relatório também apontou que Minas Gerais tem pouca dependência dos recursos da União para suas receitas, o que traz flexibilidade para lidar com seus próprios desafios fiscais. “No entanto, sua flexibilidade orçamentária permanece restrita, dada a grande proporção de despesas operacionais relacionadas à educação, saúde e a outros programas sociais”, afirmam os analistas da S&P.

Segundo a agência, os investimentos de Minas Gerais são maiores que de seus pares nacionais. O Estado vem reportando despesas de capital que ultrapassam 11% das despesas operacionais, superiores às do Rio de Janeiro e de São Paulo, nos últimos quatro anos, e devem se manter em níveis similares em 2012 e 2013, afirmou a agência.

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