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Metais em alta: ouro supera US$ 4.000 e prata chega a US$ 50 pela primeira vez

Rali é impulsionado por incertezas globais, forte demanda e apostas em juros mais baixos

Metais preciosos: platina e paládio também avançam e acompanham o rali do ouro e da prata (Ravitaliy/Getty Images)

Metais preciosos: platina e paládio também avançam e acompanham o rali do ouro e da prata (Ravitaliy/Getty Images)

Publicado em 9 de outubro de 2025 às 11h00.

Última atualização em 9 de outubro de 2025 às 11h02.

Os preços do ouro permanecem acima de US$ 4.000 por onça nesta quinta-feira, 9, com investidores acompanhando o acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas, enquanto a combinação de incertezas geopolíticas e a expectativa de cortes de juros nos Estados Unidos segue sustentando o apetite pelo metal precioso.

O ouro à vista era negociado a US$ 4.038,59 por onça às 8h26 no horário de Brasília (BRT), segundo informações da agência Reuters. Os contratos futuros de dezembro caíam 0,3%, para US$ 4.057,70. Na véspera, o metal atingiu o recorde histórico de US$ 4.059,05 por onça.

O ouro acumula alta de mais de 53% em 2025 e caminha para registrar o maior ganho anual desde a crise do petróleo de 1979.

Prata ultrapassa US$ 50

A prata também teve forte valorização e ultrapassou pela primeira vez a marca simbólica de US$ 50, com alta de 2,2%, cotada a US$ 50,01 por onça.

No ano, a prata já acumula alta de mais de 73%, favorecida pelo mesmo ambiente que impulsiona o ouro, pela crescente demanda dos investidores e pela escassez do metal no mercado físico.

“O aspecto interessante do mercado de prata é que as posições líquidas compradas estão apenas modestamente mais altas, então essa não é uma alta baseada em interesse especulativo. Há fundamentos bastante sólidos sustentando esse movimento no preço da prata”, disse o analista independente Ross Norman à agência Reuters.

Valorização dos metais

A alta dos metais preciosos ocorre em um contexto de tensões geopolíticas — incluindo o conflito no Oriente Médio e a guerra na Ucrânia —, compras recordes por bancos centrais, entrada de recursos em ETFs e incertezas econômicas ligadas a tarifas dos Estados Unidos.

O banco UBS afirmou em nota que “a paralisação do governo dos EUA deu fôlego às negociações com ouro, somando-se às crescentes preocupações fiscais no Japão e na França em meio a recentes mudanças políticas”.

Além disso, expectativas de cortes de 0,25 ponto percentual nas reuniões de outubro e dezembro do Federal Reserve reforçam a atratividade de ativos não remunerados, como o ouro, em um ambiente de juros mais baixos.

Outros metais também avançaram nesta sessão: a platina subiu 0,1%, para US$ 1.664,30 por onça, enquanto o paládio teve alta de 1,9%, chegando a US$ 1.476,35, o maior nível em mais de dois anos, segundo a Reuters.

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