Mercados

Mesmo com Grécia, dólar recua após 4 sessões em alta

Dólar fechou em baixa de 0,45% no balcão, cotada em R$ 3,114


	Dólar abriu com alta generalizada ante seus pares, reagindo ao agravamento da crise na Grécia durante o fim de semana
 (thinkstock)

Dólar abriu com alta generalizada ante seus pares, reagindo ao agravamento da crise na Grécia durante o fim de semana (thinkstock)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de junho de 2015 às 17h22.

São Paulo - O temor de saída da Grécia da zona do euro ganhou força nesta segunda-feira, 29, mas ainda assim no Brasil o dólar conseguiu fechar em baixa, após ter avançado durante boa parte da sessão.

O câmbio acompanhou de perto a tendência externa da moeda norte-americana, que no meio da tarde também passou a cair diante do euro.

Internamente, as cotações também foram influenciadas pelo fluxo positivo para o Brasil e por operações relacionadas ao vencimento de contratos cambiais na quarta-feira.

Após quatro sessões seguidas de alta, o dólar fechou em baixa de 0,45% no balcão, cotada em R$ 3,114. O volume, perto das 16h30, era de US$ 1,800 bilhão. O dólar futuro para julho era negociado em R$ 3,117 (-0,54%).

O dólar abriu com alta generalizada ante seus pares, reagindo ao agravamento da crise na Grécia durante o fim de semana. As autoridades rejeitaram estender a ajuda ao país, que tem uma dívida de 1,6 bilhão de euros para pagar amanhã ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

Além disso, o governo grego aprovou a realização de um plebiscito no próximo domingo, dia 5, para que a população decida se a Grécia deve ou não aceitar as condições impostas pelos credores.

Diante da corrida bancária dos gregos para sacar recursos, o governo determinou o fechamento dos bancos ao longo desta semana como forma de controle de capital.

A bolsa de valores de Atenas também não vai funcionar nos próximos dias. Fonte do governo disse que a Grécia não pagará a dívida de amanhã, o que elevou substancialmente os temores de saída do país da zona do euro e eventuais consequências sobre a economia global.

Com o acirramento do drama grego, nem mesmo o corte de juros de 0,25 ponto porcentual na China foi capaz de conter a valorização do dólar ante as moedas dos países emergentes.

No final da manhã, a pressão dos vendidos em câmbio, interessados em puxar a ptax das 13h30 para baixo, no máximo conseguiu limitar um pouco o avanço da moeda ante o real, depois de o dólar bater a máxima de R$ 3,1520 (+0,77%), no balcão.

As operações visando ao vencimento de contratos futuros e de swap cambial de julho devem ganhar força amanhã, com a definição da ptax que vai balizar a liquidação dos contratos na quarta-feira.

À tarde, porém, a divisa dos EUA perdeu força, passou a cair ante o real e a renovar mínimas, em linha com a inversão da alta diante do euro e entrada de fluxo de recursos. A moeda única avançava a US$ 1,123 perto das 16h30. O nível mais baixo do dólar no balcão foi de R$ 3,106 (-0,70%).

Acompanhe tudo sobre:América LatinaCâmbioCrise gregaDados de BrasilDólarEuropaGréciaMoedasPiigs

Mais de Mercados

Casas Bahia reduz prejuízo e eleva margens, mas vendas seguem fracas; CEO está confiante na retomada

Tencent aumenta lucro em 47% no 3º trimestre com forte desempenho em jogos e publicidade

Ações da Americanas dobram de preço após lucro extraordinário com a reestruturação da dívida

Na casa do Mickey Mouse, streaming salva o dia e impulsiona ações da Disney