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Mês de agosto começa com dólar em alta, de olho em Trump e Fed

Às 10h00, o dólar avançava 0,16%, a 3,7608 reais na venda, depois de ter subido 0,66% na véspera e encerrado julho a 3,7548 reais

Dólar: dólar futuro avançava 0,15% (Gary Cameron/Reuters)

Dólar: dólar futuro avançava 0,15% (Gary Cameron/Reuters)

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Reuters

Publicado em 1 de agosto de 2018 às 09h20.

Última atualização em 1 de agosto de 2018 às 10h11.

São Paulo - O dólar operava com leve alta ante o real nesta quarta-feira, com a volta dos temores de escalada de guerra comercial após o presidente Donald Trump ameaçar elevar a 25 por cento as tarifas sobre 200 bilhões de dólares em produtos importados da China, e os chineses prometerem retaliar caso isso seja de fato feito.

Às 10:00, o dólar avançava 0,16 por cento, a 3,7608 reais na venda, depois de ter subido 0,66 por cento na véspera e encerrado julho a 3,7548 reais. No mês, cedeu 3,16 por cento. O dólar futuro avançava 0,15 por cento.

"As ameaças de Trump azedaram um pouco o humor, ele vai e volta. Depois, saíram dados robustos da ADP, que corroboram mais duas altas de juros nos Estados Unidos neste ano", citou o diretor de operações da corretora Mirae, Pablo Spyer, ao lembrar que o mercado também aguarda o desfecho do encontro de política monetária do Federal Reserve, banco central dos EUA, nesta tarde.

O governo Trump pretende impor tarifas de 25 por cento sobre 200 bilhões de dólares em produtos importados da China depois de inicialmente taxá-los em 10 por cento, em uma tentativa de pressionar Pequim a fazer concessões comerciais, disse uma fonte familiarizada com o assunto na véspera.

Em resposta, a China disse que "chantagem" não funcionará e que retaliará se os EUA tomarem outras medidas que dificultem o comércio.

O dólar exibia leve alta ante a cesta de moedas e avançava ante boa parte das divisas de países emergentes, como a lira turca e o peso chileno.

Os investidores também estavam na expectativa do desfecho do encontro de política monetária do Fed. Embora não seja aguardada alteração na taxa de juros agora, o mercado vai procurar pistas sobre a trajetória futura, cuja aposta é de outras duas altas até o final do ano. O juro nos EUA está atualmente entre 1,75-2 por cento.

Os dados do mercado de trabalho conhecidos mais cedo mostram que a economia norte-americana seguia robusta e ajudavam a justificar esse aumento gradual dos juros. Mais juros nos EUA ajudam a atrair recursos aplicados hoje em outras praças, como a brasileira.

Segundo a ADP, foram criados no mercado de trabalho 219 mil vagas, ante expectativa de abertura de 185 mil vagas. Além disso, os dados de junho foram revisados para 181 mil vagas novas, de 177 mil.

Internamente, o mercado seguia monitorando a cena política local, com a aproximação do prazo final para os partidos definirem seus candidatos para disputar a Presidência da República.

O Banco Central realiza nesta quarta-feira leilão de swap cambial tradicional, equivalentes à venda futura de dólares, com oferta de até 4,8 mil contratos para rolagem do vencimento de setembro.

Se mantiver essa oferta e vendê-la até o final do mês, terá rolado o equivalente a 5,255 bilhões de dólares.

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