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Mercados respiram aliviados após decisão do FBI sobre Hillary

O candidato republicano Donald Trump é considerado imprevisível pelos mercados, e carente de experiência política

Hillary: a aspirante democrata é a preferida para a grande maioria dos operadores e investidores do mundo (Getty Images)

Hillary: a aspirante democrata é a preferida para a grande maioria dos operadores e investidores do mundo (Getty Images)

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AFP

Publicado em 7 de novembro de 2016 às 16h26.

Uma onda de alívio tomou nesta segunda-feira os mercados mundiais, da Europa a Wall Street passando pela Ásia, na véspera da eleição presidencial nos Estados Unidos depois que o FBI decidiu não indiciar Hillary Clinton, candidata favorita dos investidores.

A aspirante democrata é a preferida para a grande maioria dos operadores e investidores do mundo, já que é percebida como garantia de continuidade e estabilidade.

O candidato republicano Donald Trump é considerado imprevisível pelos mercados, e carente de experiência política.

"A decisão do FBI" de não perseguir Hillary Clinton por ter utilizado um servidor privado para seus e-mails quando era secretária de Estado "alivia os mercados", constataram os estrategistas da sociedade de corretagem Aurel BGC.

A notícia suscitou entusiasmo dos operadores.

Wall Street abriu nesta segunda-feira em forte alta, com o Dow Jones avançando 1,15% e o Nasdaq, 1,66%.

Na Europa também houve altas nas bolsas de Paris, que fechou com alta de 1,910%, Londres (+1,70%) Frankfurt (+1,93%), Madri (+1,45%) e Milão (2,56%).

Na Ásia, Tóquio fechou com alta de 1,61%, Xangai avançou 0,26% e Hong Kong 0,70%.

A reabertura de uma investigação contra Hillary Clinton teve há dez dias um aparente efeito devastador para os mercados, tomados pela incerteza das eleições americanas.

Entretanto, nesta segunda-feira, em uma carta a legisladores, o diretor do FBI, James Comey, informou que a revisão dos novos e-mails descobertos há pouco mais de uma semana não trouxe qualquer novidade que levasse a um indiciamento de Hillary Clinton, que usou um servidor privado quando era secretária de Estado.

A decisão do diretor do FBI "é uma boa noticia para os operadores que recuperam o apetite pelo risco", comentou para a agência Bloomberg o analista do Think Markets UK, Naeem Aslam.

Peso mexicano em alta

O alívio também foi notado no mercado cambial. O iene voltou a cair em relação ao dólar. O dólar nesta segunda foi cotado a 104 ienes contra 103,04 de sexta-feira às 21H00 GMT.

O dólar também se valorizou em relação aoeuro, mas foi sobretudo o peso mexicano que se beneficiou da notícia, que parece fortalecer as chances de derrota do candidato republicano: a divisa mexicana foi cotada a 18,626 pesos por dólar, contra 19,026 de sexta-feira, uma alta de 2,5%.

Donald Trump é considerado um fator negativo para o peso mexicano, devido às ameaças do candidato de expulsar dos Estados Unidos milhões de migrantes ilegais, de renegociar acordos de livre comércio e da promessa de construir um muro na fronteira comum com o país vizinho, caso ganhe as eleições de terça-feira.

Por sua vez, os juros dos títulos de países com maior risco -e, portanto, maior remuneração-, como os da Itália e da Espanha subiram, enquanto a dívida alemã -considerada mais segura- foi deixada de lado por grande parte dos investidores.

Prudência e suspense

Embora prevaleça um certo entusiasmo nesta segunda-feira nas praças financeiras, prevalece a prudência ante a persistente incerteza sobre quem vencerá a eleição presidencial nos Estados Unidos.

É certo que as pesquisas continuam dando uma pequena vantagem a Hillary Clinton. No entanto, segundo os analistas da Mirabaud Securities Genève, "alguns estados-chave podem surpreender amanhã (terça-feira).

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