As bolsas de valores em Nova York operavam em alta, patrocinando perdas menores na Bovespa e a reversão do dólar (Germano Lüders/EXAME)
Da Redação
Publicado em 18 de outubro de 2011 às 13h08.
São Paulo - Os mercados internacionais ensaiavam alguma recuperação nesta terça-feira, mas ainda se ressentiam de preocupações com a economia global, desta vez intensificadas pelo crescimento menor da China e pelo alerta sobre o rating da França.
Numa sessão volátil, as bolsas de valores em Nova York operavam em alta, patrocinando perdas menores na Bovespa e a reversão do dólar, que passava a cair ante o real após subir quase 1 por cento pela manhã.
O clima de cautela, no entanto, ainda predominava, depois de a agência de classificação de risco Moody's alertar na segunda-feira que pode colocar o rating "Aaa" da França em perspectiva negativa nos próximos três meses se os custos para socorrer os bancos e outros países da zona do euro forem muito grandes. Em resposta, Paris insistiu que sua nota de crédito está a salvo, mas admitiu que o crescimento econômico deve ficar abaixo da meta e que mais aperto de cinto pode ser necessário antes das eleições do ano que vem. [ID:nN1E79H03N] Investidores seguiam atentos ao noticiário envolvendo a crise de dívida na zona do euro. Segundo fontes, a chanceler alemã, Angela Merkel, espera que os líderes europeus desenvolvam um "plano de trabalho" para a Grécia num encontro em 23 de outubro, incluindo possivelmente uma missão permanente da "troika" para monitorar a dívida do país.
A abertura negativa dos mercados também decorreu de notícias da Ásia. O Produto Interno Bruto (PIB) da China teve um crescimento anual de 9,1 por cento no terceiro trimestre, marcando o terceiro trimestre seguido de arrefecimento.
Foi o menor ritmo de expansão desde o começo de 2009, o que alimentava temores de que a desaceleração da segunda maior economia do mundo possa afetar a já fraca recuperação global [ID:nN1E79H053] Do lado doméstico, os agentes souberam que a economia brasileira criou 209.078 postos de trabalho com carteira assinada em setembro, o pior resultado para o mês em cinco anos, segundo dados do Ministério do Trabalho.
O dado ajudava a sustentar os contratos de juros futuros negociados na BM&FBovespa em baixa, na véspera da decisão de política monetária.