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Mercados emergentes captam cerca de US$100 bi no 1º tri

Cifra é levemente inferior ao do ano passado, por conta de temores geopolíticos e incertezas sobre os planos do Fed


	Dólar: empresas e países emergentes lançaram 106,2 bilhões de dólares em bônus no exterior entre 1º de janeiro e 27 de março
 (Scott Eells)

Dólar: empresas e países emergentes lançaram 106,2 bilhões de dólares em bônus no exterior entre 1º de janeiro e 27 de março (Scott Eells)

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Da Redação

Publicado em 31 de março de 2014 às 17h41.

Londres - Os mercados emergentes captaram pouco mais de 100 bilhões de dólares em emissões de bônus no primeiro trimestre de 2014, levemente inferior ao registrado no mesmo período do ano passado, por conta do menor apetite de investidores diante de temores geopolíticos e incertezas sobre os planos do Federal Reserve.

Empresas e países emergentes lançaram 106,2 bilhões de dólares em bônus no exterior entre 1º de janeiro e 27 de março, de acordo com dados compilados pela Thomson Reuters, abaixo dos 124,5 bilhões de dólares emitidos no primeiro trimestre de 2013.

A queda mais significativa ocorreu em emissões corporativas, com 67,5 bilhões de dólares, contra pouco mais de 100 bilhões de dólares nos primeiros três meses de 2013.

No ano passado, as emissões somaram o recorde de 450 bilhões de dólares, com os emissores correndo para captar recursos antes de um aumento mais acentuado dos rendimentos dos títulos da dívida dos Estados Unidos, usados como referência na precificação de dívida de países emergentes.

O maior obstáculo para as emissões neste ano são as tensões militares entre Rússia e Ucrânia, temores sobre default da Ucrânia e as sanções adotadas pelo Ocidente contra a Rússia.

"As pessoas estão esperando por conta da Rússia, mas quando isso diminuir, os mercados se abrem novamente. Devemos ver um aumento mais forte nas próximas duas semanas", afirmou o estrategista de renda fixa para mercados emergentes do Bank of America Merrill Lynch David Haunter.

Uma das características das operações realizadas até o momento no ano é a popularidade dos títulos não denominados em dólar norte-americano. O JPMorgan calculou que 26 por cento das emissões do ano até meados de março não foram feitas em dólar, ante 10 a 20 por cento nos últimos anos.

O Brasil emitiu 1 bilhão de euros na semana passada, enquanto o México fez uma emissão em libra esterlina com prazo de 100 anos. O Brasil também está cogitando fazer uma emissão em iene japonês, enquanto o banco Santander Chile fez a primeira emissão de um banco latino-americano em dólar australiano.

"A emissão em euro faz sentido devido à divergência entre os rendimentos em euro e nos EUA", afirmou Haunter. "Como há a expectativa de enfraquecimento do euro e fortalecimento do dólares nos próximos anos, faz sentido emitir em euro."

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