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Terça-feira começa com mercados em alta com novo estímulo do Fed

Para esta terça-feira, os contratos futuros do S&P 500 estão sendo negociados com alta acima de 4%

FED: banco central americano anunciou pacote de estímulos na segunda-feira (Leah Millis/Reuters)

FED: banco central americano anunciou pacote de estímulos na segunda-feira (Leah Millis/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de março de 2020 às 06h42.

Última atualização em 24 de março de 2020 às 07h07.

Após dias no vermelho, as bolsas asiáticas finalmente voltaram a mostrar alguma alta considerável nesta terça-feira, 24.

Os mercados na Ásia fecharam em alta nesta madrugada sobretudo após anúncio na segunda-feira, 23, de que o Fed, banco central americano, adotou novas medidas de estímulo para a economia contra os impactos do coronavírus.

Os índices de Xangai e Shenzhen subiram 2,34% e 2,37%, refletindo também a estabilização do número de casos do coronavírus na China. O país tem tido apenas algumas dezenas de novos casos na semana e se encontra atualmente com pouco mais 81.500 confirmados. O índice MSCI de ações asiáticas Ásia-Pacífico (com exceção do Japão) subiu 4,3%.

O japonês Nikkei subiu 7,13%, a maior alta em um dia desde 2016. Além do pacote do Fed, o Japão espera ainda um grande movimento de compra de ações e estabilização dos mercados por parte do banco central do país. Só o grupo japonês Softbank subiu 19%, ampliando a alta de 18% que já havia acontecido no dia anterior quando os japoneses anunciaram um plano de 41 bilhões de dólares em venda de ativos para recomprar cerca de 18 bilhões de dólares em suas próprias ações.

Na Europa, o Stoxx 600, principal índice da região, subia 4% às 6h40. O FTSE 100 de Londres opera em alta acima de 3,7% no mesmo horário. A alta vem mesmo em meio a um avanço da preocupação com o coronavírus no Reino Unido, com o premiê Boris Johnson tendo anunciado na segunda-feira um bloqueio quase completo da circulação de pessoas no país. O Reino Unido tem mais de 6.700 casos, abaixo de vizinhos como Itália, Alemanha e Espanha, que juntos tem mais de 110.000 confirmados.

As altas respondem a anúncio feito pelo Fed de programas para compensar as “graves perturbações” na economia. O banco vai apoiar uma gama sem precedentes de crédito para famílias, pequenas empresas e grandes empregadores, como empréstimos estudantis, empréstimos com cartão de crédito e empréstimos garantidos pelo governo norte-americano a pequenas empresas.

Além disso, comprará títulos de grandes empregadores e fará empréstimos a eles no que equivale a quatro anos de financiamento. Um novo programa que concederá crédito a pequenas e médias empresas também será anunciado “em breve”, afirmou o Fed.

Após o anúncio do banco central americano, o índice brasileiro Ibovespa, que abriu a segunda-feira em queda acentuada, conseguiu se recuperar  para fechar o pregão em queda de 5,22%. O americano S&P 500 fechou em queda de 2,93%. Para esta terça-feira, os contratos futuros do S&P 500 estão sendo negociados com alta acima de 4,7% às 6h40. A expectativa é de um dia mais promissor.

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