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Mercados acionários europeus recuam após China responder a tarifas dos EUA

A China respondeu rapidamente nesta quarta-feira aos planos dos Estados Unidos de adotar tarifas sobre 50 bilhões de dólares em bens chineses

Mercados acionários europeus recuaram pelo segundo dia nesta quarta-feira (SasinParaksa/Thinkstock)

Mercados acionários europeus recuaram pelo segundo dia nesta quarta-feira (SasinParaksa/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 4 de abril de 2018 às 14h23.

Milão/Londres - Os mercados acionários europeus recuaram pelo segundo dia nesta quarta-feira, depois que a China divulgou novas tarifas contra produtos norte-americanos, aumentando as preocupações de uma escalada no embate comercial entre os dois países.

O índice FTSEurofirst 300 caiu 0,45 por cento, a 1.439 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 perdeu 0,47 por cento, a 367 pontos.

A China respondeu rapidamente nesta quarta-feira aos planos dos Estados Unidos de adotar tarifas sobre 50 bilhões de dólares em bens chineses, retaliando com uma lista de taxas similares sobre importações dos Estados Unidos como soja, aviões, carros, uísque e produtos químicos.

"Os investidores podem esperar uma nova escalada, mas devemos voltar à visão de que este processo tem todas as características de uma negociação Trump, na qual vemos o presidente (dos EUA) recuar do pior cenário em troca de concessões importantes", disse o analista da ETX Capital, Neil Wilson.

Os setores de recursos básicos e de tecnologia apresentaram os piores desempenhos, recuando 2,4 e 1,7 por cento respectivamente, enquanto ações cíclicas, como as dos setores financeiro e industriais também pesaram.

Apesar de preocupações com a guerra comercial terem afetado o sentimento, operadores disseram que algumas empresas europeias como a Airbus ou a Adidas poderiam ter uma vantagem competitiva contra os rivais norte-americanos nos mercados chineses como resultado das tarifas.

As ações da Airbus caíram 0,8 por cento, superando as perdas pesadas em sua rival norte-americana Boeing, enquanto a Adidas subiu 1,3 por cento, em linha com os ganhos da Nike.

A WPP caiu 2 por cento depois que o grupo de publicidade britânico disse que estava conduzindo uma investigação sobre uma alegação de má conduta pessoal contra seu presidente-executivo, Martin Sorrell, que negou qualquer irregularidade.

A Swiss Re teve queda de 3,9 por cento depois que a resseguradora informou que o japonês SoftBank estava em negociações para comprar uma participação que provavelmente não passaria de 10 por cento.

Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,05 por cento, a 7.034 pontos.

Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 0,37 por cento, a 11.957 pontos.

Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 0,20 por cento, a 5.141 pontos.

Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,30 por cento, a 22.442 pontos.

Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,38 por cento, a 9.513 pontos.

Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 0,19 por cento, a 5.373 pontos.

(Por Danilo Masoni e Julien Ponthus)

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