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Mercado vê corte de metas da Cyrela como "adequado" e "realista"

As ações da Cyrela operam com valorização de 1,79%, cotadas a R$ 16,47

Obras do condomínio Le Parc Residential, em Salvador (Fernando Vivas/EXAME.com)

Obras do condomínio Le Parc Residential, em Salvador (Fernando Vivas/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 1 de fevereiro de 2012 às 11h07.

São Paulo - A decisão da Cyrela Brazil Realty de reduzir a estimativa de vendas contratadas para este ano, anunciada na véspera, foi vista como um passo certeiro em meio ao cenário de desaquecimento do setor imobiliário no último ano.

A construtora e incorporadora informou na noite de terça-feira que prevê vendas na faixa entre 6,9 bilhões e 8 bilhões de reais em 2012, contra meta anterior de 8 bilhões a 8,9 bilhões de reais.

"Vemos a postura da Cyrela em relação aos 'guidances' para 2012 como adequada no novo cenário", afirmou o analista Wesley Bernabé, do BB Investimentos, se referindo ao fato das empresas terem sinalizado, já em 2011, que reduziriam o ritmo de lançamentos, priorizando as vendas.

No mesmo sentido, o analista Guilherme Rocha, do Credit Suisse, considerou os novos números "muito mais realistas", mas fez ressalvas quando à opção da Cyrela de suspender a divulgação de projeção para lançamentos de imóveis.

"O cancelamento das previsões de lançamentos e margem Ebitda pode ser recebido de forma negativa pelo mercado, pois revela uma visão menos confiante no horizonte de curto prazo", disse ele, em relatório.

A última previsão da companhia, feita há vários meses, era de lançar de 8,7 bilhões a 9,8 bilhões de reais este ano.

Ainda assim, o ponto médio da nova estimativa de vendas significa um aumento de quase 15 por cento em relação às vendas contratadas apuradas em 2011, de 6,5 bilhões de reais, abaixo da faixa prevista de 6,9 bilhões a 7,7 bilhões de reais.

"Os números são consistentes com a estratégia da companhia de buscar um equilíbrio entre crescimento e rentabilidade", afirmou a equipe da Ativa, em relatório.

As ações da Cyrela operavam com valorização de 1,79 por cento às 11h52, cotadas a 16,47 reais, enquanto o Ibovespa subia 1,03 por cento.

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