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Mercado se rende a Goldman Sachs e adia aposta na Selic

Operadores que, em outubro, apostavam que o BC voltaria a elevar a Selic a partir de abril agora preveem que a taxa básica não será elevada antes de julho


	A queda dos preços no atacado respalda uma avaliação feita em outubro pelo presidente do conselho do Goldman Sachs de que o BC não elevaria os juros antes de 2014
 (Brendan McDermid/Reuters)

A queda dos preços no atacado respalda uma avaliação feita em outubro pelo presidente do conselho do Goldman Sachs de que o BC não elevaria os juros antes de 2014 (Brendan McDermid/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 9 de novembro de 2012 às 08h24.

São Paulo - Operadores do mercado de juros estão se rendendo ao Goldman Sachs Group Inc. após uma queda maior do que o esperado da inflação no atacado levar a um adiamento nas apostas sobre quando o Banco Central voltará a subir a taxa básica de juros.

Operadores que, em outubro, apostavam que o Comitê de Política Monetária do Banco Central voltaria a elevar a Selic da mínima histórica de 7,25 por cento a partir de abril agora preveem que a taxa básica não será elevada antes de julho.

O Copom cortou a Selic pela 10ª reunião seguida em 10 de outubro e disse que deve deixar os juros estáveis por um período “suficientemente prolongado” para reativar o crescimento, que é o menor entres os emergentes.

O maior corte de juros entre os países do Grupo dos 20 fez o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo ultrapassar o centro da meta de inflação, de 4,5 por cento ao ano, por 26 meses.

Agora, a maior queda dos preços no atacado em três anos respalda uma avaliação feita em 26 de outubro pelo presidente do conselho do Goldman Sachs no Brasil, Paulo Leme, de que o BC não elevaria os juros antes de 2014.

O Barclays Plc disse que a desaceleração dos preços no atacado vai aliviar a pressão sobre a inflação em meio a especulações de o governo da presidente Dilma Rousseff focará no câmbio e na política fiscal para segurar os preços ao consumidor.

“O novo normal são juros baixos por um longo período”, disse Marcelo Salomon, economista-chefe para o Brasil no Barclays em Nova York, em entrevista por telefone. Assim como Paulo Leme, do Goldman, Salomon espera juros estáveis até 2014.

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