Mercados

Ibovespa se recupera após 4 quedas; TIM e B2W disparam

Índice fechou nesta sexta com alta de 1,59%; ações da Lojas Americanas subiram 9,67% e lideraram o pregão

Unidade da Lojas Americanas: maior alta do dia após divulgação de resultados (Lia Lubambo/EXAME)

Unidade da Lojas Americanas: maior alta do dia após divulgação de resultados (Lia Lubambo/EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2011 às 20h38.

Sâo Paulo - A surpresa positiva com o mercado de trabalho dos Estados Unidos e a inflação no Brasil permitiram um dia de recuperação da Bovespa nesta sexta-feira, cujo principal índice subiu após quatro baixas seguidas.

Notícias corporativas também deram impulso a ações específicas, como Lojas Americanas , B2W e TIM Participações , com alta superior a 7 por cento.

O principal índice das ações brasileiras <.BVSP> teve alta de 1,59 por cento, a 64.417 pontos. Na semana, a queda acumulada foi de 2,59 por cento. O giro financeiro do pregão foi de 6,49 bilhões de reais.

A economia dos Estados Unidos criou 244 mil postos de trabalho no mês passado, a maior quantidade em 11 meses, ante previsão de economistas de 186 mil. [ID:nN06159506] Por aqui, a inflação medida pelo IPCA subiu menos que o esperado, 0,77 por cento em abril, após alta de 0,79 por cento em março, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira. Analistas ouvidos pela Reuters previam alta de 0,84 por cento. [ID:nN06162729] "O IPCA hoje deu uma notícia boa, trouxe um alívio. Criou um ar mais benigno em termos de inflação", disse Rossano Oltramari, analista-chefe da XP Investimentos.

A subida dos preços e a incerteza sobre as medidas do governo para reverter esse cenário são apontados como um dos principais motivos para a queda do Ibovespa ao longo de 2011, que ainda soma mais de 7 por cento.

"Mas por enquanto é apenas uma correção (da bolsa). Operando acima de 64 mil (pontos) há uma sinalização positiva, mas se perder os 64 mil pode ficar complicado", completou, apontando a divulgação de dados na China (quarta-feira) e nos Estados Unidos e Europa (quinta e sexta-feira) como os principais eventos a serem monitorados na semana que vem.

Notícias corporativas

Dentro do Ibovespa, notícias corporativas fizeram algumas ações dispararem. Foi o caso de Lojas Americanas e B2W, com alta de 9,67 e 7,94 por cento, a 15,20 e 23,10 reais, respectivamente.

"Lojas Americanas continua apresentando melhoras consistentes nas operações", escreveram Marcel Moraes e Antonio Gonzalez, do Credit Suisse, que colocam 20 reais como preço-alvo para o papel.

TIM Participações também se destacou, com alta de 7,78 por cento das ações preferenciais, a 7,48 reais, após o anúncio da proposta da empresa para entrar no Novo Mercado.

"A notícia surpreende", afirmou a equipe de análise do Banco Fator. "A GVT (antes da compra pela Vivendi) negociava com prêmios 2 vezes maior do que os concorrentes quando era empresa aberta por ser a única no Novo Mercado." Vale PN caiu 0,27 por cento, a 44,35 reais.

Apesar da mineradora ter divulgado um lucro recorde no primeiro trimestre, de 11,3 bilhões de reais, a empresa deve investir menos que o previsto em 2011. [ID:nN06219819] Favorecidas pelo número mais brando do IPCA, as ações do setor de construção subiram 2,88 por cento, segundo o indice imobiliário da Bovespa <.IMOB>. PDG Realty , com mais destaque, subiu 5,56 por cento, a 8,93 reais.

Na contramão, as ações que mais perderam foram da Petrobras, com baixa de 1,16 por cento das ordinárias e de 1,06 por cento das preferenciais . O petróleo teve a quinta queda seguida nos Estados Unidos, voltando a fechar abaixo de 100 dólares por barril.

Acompanhe tudo sobre:AmericanasB2WComércioEmpresasEmpresas brasileirasEmpresas de internetVarejo

Mais de Mercados

Banco Central anuncia leilão de linha com compromisso de recompra de até US$ 4 bilhões

CEO da Exxon defende que Trump mantenha EUA no Acordo de Paris

Ibovespa fechou em leve queda com incertezas fiscais e ata do Copom

SoftBank volta a registrar lucro trimestral de US$ 7,7 bilhões com recuperação de investimentos