Mercados

Mercado recebeu bem a emissão do Global 2045

Coordenador destacou que cupom de 5% pago no título brasileiro de 30 anos é menor que o de outros países emergentes, como o México e Colômbia


	Garrido: "Global 2045 teve melhor cupom para títulos brasileiros com vencimento de 30 anos"
 (Valter Campanato/Agência Brasil)

Garrido: "Global 2045 teve melhor cupom para títulos brasileiros com vencimento de 30 anos" (Valter Campanato/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de julho de 2014 às 17h45.

Brasília - O coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Fernando Garrido, avaliou nesta quinta-feira, 24, que a emissão de um novo papel externo com prazo de 30 anos foi bem-recebida pelo mercado.

"Não podemos ainda fazer comentários qualitativos a respeito da emissão externa, mas pela repercussão na imprensa, vimos que o mercado recebeu muito bem a operação e ela foi muito bem-sucedida", afirmou.

Garrido destacou que o cupom de 5% pago no título brasileiro de 30 anos é menor que o de outros países emergentes que também fizeram emissão com esse prazo em 2014, como o México e Colômbia.

Os títulos desses países, de acordo com o coordenador foram de 5,5%. "O Global 2045 teve o melhor cupom para títulos brasileiros com vencimento de 30 anos", reforçou, lembrando que o cupom do papel anterior (Global 2041) era de 5,625%.

Questionado sobre o spread alto da operação - 187,5 pontos acima da Treasury (título do Tesouro Americano) - , Garrido argumentou que o spread nessa operação não depende apenas das condições econômicas do País, mas também da variação dos spreads de outros países.

"Achamos que o momento escolhido para emissão brasileira foi adequado pelo fato da Treasury estar no ponto mais baixo dos últimos 13 meses", justificou.

Prefixados

De acordo com Garrido, o Tesouro Nacional continua a ver uma trajetória de queda nas taxas de títulos prefixados tanto em junho quanto em julho.

Como exemplo, ele citou o papel LTN com vencimento em janeiro de 2018, que foi vendido a uma taxa de 12,05% ao ano no começo de junho e a 11,73% ao ano no fim do mês passado.

"De junho pra julho, tivemos mudança de títulos vendidos pelo Tesouro e passamos a vender o título com vencimento em junho de 2018", acrescentou. Garrido também citou o título de dez anos NTN-F com vencimento em 2025, que foi vendido em 11 de junho com uma taxa de 11,96% ao ano, e chegou no leilão de hoje a uma taxa de 11,73% ao ano.

Garrido disse também que a participação dos títulos prefixados na Dívida Pública Federal (DPF) deve voltar a sair das metas do Plano Anual de Financiamento (PAF) no mês de julho.

A fatia de títulos prefixados subiu de 39,68% em maio para 40,73% em junho, voltando para dentro da banda do PAF que prevê um intervalo de 40% a 44%.

"Lembrando que as metas do PAF são para dezembro", destacou Garrido, sugerindo que a fatia dos prefixados voltará para a meta até o final do ano.

Acompanhe tudo sobre:Dívida públicaMercado financeiroTítulos públicos

Mais de Mercados

Cade dá aval para dona do Burger King operar Subway no Brasil

Divisora de águas, compra de campo Peregrino deixa Itaú BBA ainda mais otimista com a Prio (PRIO3)

Ibovespa fecha em queda repercutindo inflação nos EUA e dados do emprego do Brasil

Inflação nos EUA, recorde na China e dados de emprego no Brasil: o que move o mercado