Mercados

Mercado pune Le Lis Blanc após denúncia de trabalho escravo

Fiscalização do Ministério do Trabalho encontrou trabalhadores bolivianos em condições análogas à escravidão em três oficinas da marca Le Lis Blanc, da Restoque


	Restoque diz não ter relacionamento com as empresas citadas na fiscalização e que irá se defender
 (Divulgação)

Restoque diz não ter relacionamento com as empresas citadas na fiscalização e que irá se defender (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2013 às 15h25.

São Paulo -  As ações da Le Lis Blanc (LLIS3) abriram a semana em queda. Na mínima do dia, os papéis chegaram a cair 6,44%, negociados a 5,95 reais. A Restoque, dona da grife Le Lis Blanc, enfrenta uma acusação de manter funcionários em condições degradantes de trabalho, análogas à escravidão.

Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, uma fiscalização, realizada em junho em São Paulo, encontrou 28 bolivianos em condições de trabalho análogas à escravidão em três oficinas que confeccionavam roupas das grifes Le Lis Blanc e Bo.Bô (Bourgeois e Bohême).

Após a blitz feita por uma força-tarefa do Ministério do Trabalho, Ministério Público do Trabalho e Receita Federal, a grife foi autuada e pagou 600 mil reais de indenização aos estrangeiros, a maior parte em situação irregular no país.

Ainda segundo a reportagem, Nove de cada dez peças fabricadas pelos trabalhadores) eram encomendadas pela Le Lis Blanc por meio de dois fornecedores intermediários: as confecções Pantolex e Recoleta. 

A Restoque disse que não tem relacionamento com as empresas citadas na fiscalização do Trabalho e que irá se defender. "Cumprimos integralmente a legislação trabalhista nas relações com nossos colaboradores e tomamos os mesmos cuidados com nossos fornecedores", informou em nota.

A empresa afirmou ainda que, após analisar as autuações, vai apresentar defesa. 

MRV

Em agosto do ano passado, a MRV (MRVE3) viu suas ações serem penalizadas após entrar na lista suja do trabalho escravo, mantida pelo Ministério do Trabalho, em parceria com a Secretaria de Direitos Humanos.

Trabalhadores em situações análogas à escravidão forma encontrados em construções da empresa em Bauru e Americana, ambas no interior de São Paulo. Na época, a construtora alegou que as infrações foram cometidas por uma empresa terceirizada.

Um dos maiores efeitos da medida foi a suspensão, pela Caixa Econômica Federal, de novos créditos à incorporadora. 

Acompanhe tudo sobre:EmpresasVarejoB3bolsas-de-valoresRestoqueLe Lis Blanc

Mais de Mercados

Omnicare, da CVS, pede falência após condenação de US$ 949 milhões

Oracle nomeia dois novos co-CEOs em meio à expansão em IA

Spirit Airlines vai deixar em licença 1.800 comissários durante 2ª falência em menos de um ano

Tarifaço reduz exportações de tecnologia da China para os EUA, mas Ásia mantém crescimento