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Mercado Pago supera Itaú em tráfego de usuários mensais, aponta estudo

No e-commerce, Amazon recuperou fluxo no início deste mês, após reduzir valor mínimo elegível para frete grátis

Mercado Pago ainda perde para o Nubank em número de usuários ativos mensais  (Divulgação)

Mercado Pago ainda perde para o Nubank em número de usuários ativos mensais (Divulgação)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 16 de outubro de 2025 às 18h56.

Dados compilados pelo Bank of America, com base em informações das plataformas Sensor Tower e Similar Web, apontam que o número de usuários ativos mensais da plataforma Mercado Pago é o que mais cresceu entre as fintechs nos meses de julho, agosto e setembro deste ano. Nesse quesito, o braço financeiro do Mercado Livre cresceu mais de 20% em cada mês. Assim, o Mercado Pago ficou em segundo lugar no ranking, perdendo para o Nubank, que está com folga na dianteira, somando mais de 120 milhões de usuários.

O número oficial mais recente divulgado pelo Meli apontava que o Mercado Pago tinha 68 milhões de usuários na América Latina. Até maio deste ano, a fintech do market place ainda ficava atrás da plataforma do Itaú, que perdeu tráfego nos três meses analisados e acabou ficando para trás.

"Melhorias na funcionalidade e uma variedade de incentivos estão impulsionando taxas de crescimento excepcionalmente fortes no Mercado Pago", observa o BofA. Para o banco, o banco digital do Meli ainda precisa segurar os incentivos por mais tempo enquanto procura por propostas de valor e ganha escala em sua operação de crédito. O Mercado Pago vai precisar separar o joio do trigo na concessão de crédito e aumentar seu saldo de recebíveis com tomadores de maior qualidade.

Em relação a frequência de uso da plataforma, Mercado ainda fica atrás de Nubank, Banco Inter, Itaú e PicPay, nessa ordem, em números absolutos. "Vemos espaço para melhorias, dado que os consumidores já estão entendendo mais a proposta de valor e suas funcionalidades", diz o relatório do BofA.

Tráfego no e-commerce

Em uma disputa cada vez mais acirrada no e-commerce brasileiro, o Meli segue liderando o segmento em termos de crescimento de usuários e tráfego desde que cortou taxas de frete para vendedores e reduziu os valores mínimos para frete grátis, além de começar a replicar as promoções de datas duplas e distribuição de cupons bem-sucedidas da Shopee.

Por outro lado, Amazon reduziu perdas no começo deste mês ao adotar o limite de R$ 19 para frete grátis da MELI e anunciar a isenção de todas as taxas de armazenamento e envio do Fulfillment by Amazon (FBA) de 30 de setembro até 3 de dezembro, em plena temporada de Black Friday.

A Shopee também registra crescimento acima da média do mercado, mesmo diante do investimento agressivo das concorrentes, reforçando a intensa competição no setor.

Enquanto isso, Magazine Luiza e da Casas Bahia continuam a perder participação de mercado, devido às taxas de juros elevadas e sortimentos básicos intensivos em capital, dados da Sensor Tower e da SimilarWeb. O recuo de market share não é exclusividade das brasileiras, já que Shein e Alibaba também enfrentam dificuldades para impulsionar o engajamento após a tributação internacional.

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