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Mercado em movimento: o que os analistas comentam nesta quarta-feira

ALL divulga fraco resultado; Analista da Planner cauteloso com os papéis da Marfrig

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 21 de julho de 2010 às 16h00.

São Paulo - Saiba o que os analistas de mercado comentam na sessão de hoje:

- Heringer (FHER3)

A empresa de fertilizantes anunciou esta semana que a Justiça Federal revogou parcialmente a decisão liminar que havia paralisado as atividades da unidade de Paranaguá. "A Companhia continua tomando todas as providências visando retomar integralmente as atividades normais da unidade no menor prazo possível", disse em comunicado.

Para o analista Erick Scott, da SLW Corretora, a notícia é positiva, porém ainda deixa em aberto uma decisão final por tratar-se de uma liberação parcial. "Vale ressaltar também que como a justiça questionou a licença de uma das unidades da companhia, este fato pode ocorrer em outras unidades, deixando assim um alerta sob a companhia", disse. Scott recomenda a compra dos papéis, com preço-alvo de 12,56 por ação.

- Marfrig (MRFG3)

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) informou ontem que se comprometeu a subscrever integralmente uma operação de emissão de debêntures de R$ 2,5 bilhões da Marfrig. Os recursos serão usados para financiar a compra da americana Keystone Foods e da O'Kane Poultry, produtora de carne de aves na Irlanda do Norte.

Para Rafael Burquim, analista da Planner Corretora, esse é mais um passo no processo de compra da Keystone. "A integração dos balanços deve ocorrer entre 3T10 e 4T10, tendo como referência a integração da Seara, que demorou cerca de 3 meses", explica Burquim, que se encontrou recentemente com a direção da empresa. "No início de suas operações, a Keystone deve continuar numa diretoria separada, com direção mantida", afirma.

"Para o setor de alimentos, temos uma visão neutra por conta da exposição às exportações in natura que podem sofrer com restrições sanitárias e desaceleração das economias européias. Achamos que a compra foi boa pela diversificação geográfica em todos os continentes, mas ainda é insuficiente para recomendar uma compra", reforça Burquim. "Sempre que há uma aquisição grande é preciso tomar cuidado com a gestão porque, se há indícios de que a integração está sendo feita de forma rápida, há mais segurança. Sem isso, a figura muda bastante", conclui o analista.

- Vivo (VIVO4) e Oi (TNLP3); (TNLP4)

A Oi disse hoje que não se opõe à entrada de capital da Portugal Telecom (PT) na "supertele" brasileira. "Se vier (a PT), é mais um acionista que é bem-vindo. Não desmente a história da empresa brasileira. Essa é uma ideia antiga de que o capital tem pátria", afirmou Alex Zornig, diretor de Relações com Investidores da Oi à Agência Estado.

Maria Tereza Azevedo, analista da Link Investimentos, acredita ser pequena a chance de entrada da PT no controle da Oi. "Um acordo diretamente na TMAR Participações faria mais sentido para o grupo", indica a analista. Maria mantém a recomenedação de outperform (acima da média do mercado) para as ações da Oi. "Vemos os papéis da companhia como os mais interessantes neste momento de especulação de movimentos de M&A [Fusões e Aquisições]", conclui.

- ALL (ALLL11)

A empresa de logística divulgou ontem uma prévia dos resultados do segundo trimestre do ano. A ALL registrou um Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 432,9 milhões de reais, valor 11,3% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. O volume transportado cresceu 4,1%.

O resultado ficou abaixo do crescimento histórico da empresa, destacou o analista da Ágora Corretora, Luiz Otávio Broad. Segundo ele, o desempenho já era esperado. "Esta fraca comercialização foi causada pela queda de preços das commodities", explica. A recomendação de compra dos papéis foi mantida, com preço-alvo de 19 reais.

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