Marcos Galperin disse que permanecerá ativo nas decisões estratégicas da varejista (Santiago Barreiro/Exame)
Redator
Publicado em 1 de agosto de 2025 às 05h25.
Última atualização em 1 de agosto de 2025 às 19h09.
O atual CEO e cofundador do Mercado Livre, Marcos Galperin, deu dicas, em entrevista para um podcast da companhia, sobre o futuro da gigante do comércio eletrônico da América Latina.
Tanto ele quanto o futuro CEO da empresa, Ariel Szarfsztejn, enxergam a priorização da inteligência artificial como um caminho inevitável para manter a relevância em um mercado de constante transformação.
"A IA é algo extremamente satisfatório para se trabalhar em uma companhia como a nossa", resumiu Galperin.
A ideia é usar a IA como uma ferramenta para expandir os negócios em e-commerce, publicidade e serviços financeiros na companhia. Hoje, a IA já está sendo empregada para a melhoria dos modelos de risco de crédito, a otimização de rotas de entrega e o fornecimento de recomendações de produtos nas plataformas do Mercado Livre.
O executivo argentino, que liderou a companhia por mais de duas décadas, disse que permanecerá ativo nas decisões estratégicas da varejista, dando suporte com a alocação de capital e à inovação no futuro da empresa, prometendo uma transição tranquila e consultiva para seu sucessor. Szarfsztejn, executivo da empresa desde 2017, assumirá como CEO no início de 2026.
“Esta é uma história de continuidade e não de mudanças drásticas”, disse Szarfsztejn ao mesmo programa. “Meu desafio é manter as prioridades que temos em nossa lista.”
Galperin disse que, como um dos fundadores da empresa, a tomada de decisão para sua saída não foi fácil, mas que a troca foi baseada no que seria melhor para o futuro dos negócios do Mercado Livre. "Percebi que precisava parar de pensar nisso como uma decisão de caráter pessoal, sobre o que seria melhor para mim, para, em vez disso, pensar no que seria melhor para a companhia", disse.
Ele afirmou também que a transição no comando da empresa trará “muitas oportunidades para muitas pessoas” em um setor em rápida transformação. "Acredito que uma gestão mais jovem faz muito sentido."