Para a consultora, Eike Batista está sem poder de barganha para negociar melhores termos para suas companhias (AGNEWS)
Da Redação
Publicado em 16 de agosto de 2013 às 13h59.
Rio - O mercado recebeu com desconfiança o anúncio da reestruturação do acordo entre o grupo EBX e o fundo soberano Mubadala, de Abu Dhabi.
"Não há nenhum dado específico, nem valores ou quais empresas do grupo seriam alvo de reestruturação", afirmou a analista Luana Helsinger, da GBMS Consultoria.
"O grupo tem um histórico de comunicados que depois não se confirmavam na prática, e agora opta por uma postura mais conservadora. Por isso, o mercado vê com muita cautela esse anúncio", acrescentou.
Para a consultora, Eike Batista está sem poder de barganha para negociar melhores termos para suas companhias.
"As empresas estão bastantes endividadas e não há perspectiva na produção de curto, médio e mesmo de longo prazo que possa fazer jus a essas dívidas. Seria necessário, por exemplo, um plano de desinvestimento."
Luana também pondera que o empresário deva deixar o comando das companhias abertas do grupo. "Entre elas, a principal deve ser a OGX, que já demonstra um esforço hercúleo para vender blocos e poços, na tentativa de obter uma campanha exploratória mais enxuta."
De acordo com o comunicado divulgado nesta manhã, a EBX afirma ter resgatado uma "parcela significativa" do investimento inicial da Mubadala, mas não especifica os valores da negociação.
O acordo inicial, fechado em abril de 2012, previa um aporte de US$ 2 bilhões e a compra de 5,6% da holding brasileira. No comunicado, o grupo EBX afirma ainda que as empresas "continuarão engajadas nas discussões relativas às etapas finais da reestruturação da EBX, bem como no que diz respeito ao pleno desenvolvimento dos negócios das empresas que compõem o Grupo EBX".