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Mercado crava aposta em alta da Selic no primeiro trimestre

Os negócios no mercado de juros futuros mostram apostas em uma possibilidade de 95 % de uma alta de 25 pontos-base na Selic no primeiro trimestre de 2013

Banco Central: mesmo após o corte de 4,5 pontos percentuais na Selic desde agosto, o juro real do País só é menor do que o da China, entre os integrantes do G-20 (Divulgação/Banco Central)

Banco Central: mesmo após o corte de 4,5 pontos percentuais na Selic desde agosto, o juro real do País só é menor do que o da China, entre os integrantes do G-20 (Divulgação/Banco Central)

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Da Redação

Publicado em 9 de agosto de 2012 às 15h53.

São Paulo - Operadores do mercado de renda fixa estão certos de que o Banco Central vai ter que começar a elevar o juro básico até março após as inflação do mês passado ter superado previsões.

Os negócios no mercado de juros futuros mostram apostas em uma possibilidade de 95 % de uma alta de 25 pontos-base na Selic no primeiro trimestre de 2013. Em 11 de julho, essa possibilidade era de 27 %, segundo dados compilados pela Bloomberg.

A inflação acelerou para 5,2 % nos 12 meses até julho, o maior nível em quatro meses. Os dados aumentaram as especulações de que o Comitê de Política Monetária vai abandonar os cortes da Selic, que vêm sendo feitos para estimular a economia local. O produto interno bruto brasileiro está a caminho do menor crescimento entre os maiores mercados emergentes em 2012.

Mesmo após o corte de 4,5 pontos percentuais na Selic desde agosto, o juro real do País só é menor do que o da China, entre os integrantes do G-20. O Copom deve elevar o juro para até 9,5 % em 2013 para conseguir atingir o centro da meta de 4,5 %, segundo a Tendências Consultoria Integrada.

“Para não deixar a inflação se desgarrar muito da meta, o BC pode adotar uma restrição monetária, com alta de juro e medidas macroprudenciais”, disse Gustavo Loyola, diretor da Tendências e ex-presidente do BC, em entrevista por telefone de São Paulo. “O BC pode ter que lidar com algumas pressões inflacionárias em 2013.”

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