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Mercado brasileiro segue queda em NY por Japão, petróleo e Alcoa

Quadro da crise nuclear japonesa pressionou ainda mais o rendimento da Bovespa

O cenário para os lucros corporativos nos Estados Unidos também não favoreceu os investidores otimistas (Lailson Santos/EXAME)

O cenário para os lucros corporativos nos Estados Unidos também não favoreceu os investidores otimistas (Lailson Santos/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 12 de abril de 2011 às 12h24.

São Paulo - A incerteza sobre a crise nuclear no Japão, a queda do petróleo e a reação inicial aos resultados da Alcoa empurravam o Ibovespa para baixo dos 67 mil pontos nesta terça-feira.

Às 12h03, o principal índice das ações locais tinha baixa de 1,91 por cento, a 66.862 pontos. O giro financeiro do pregão era de 2,3 bilhões de reais.

No mesmo horário, o índice Standard & Poor's 500 caía 1,07 por cento em Nova York, e o Dow Jones <.DJI> tinha desvalorização de 1,13 por cento.

O Japão elevou o nível de gravidade dos problemas na usina nuclear de Fukushima de 5 para 7, igual ao desastre de Chernobyl, depois que outro grande tremor atingiu o já devastado leste do país. "O 'driver' principal é a aversão a risco global em função destas preocupações com o Japão", disse Roberto Padovani, estrategista-chefe do banco WestLB do Brasil.

O cenário para os lucros corporativos nos Estados Unidos também não favorecia os otimistas. As ações da Alcoa caíam 5 por cento a companhia ter anunciado na segunda-feira à noite que teve receita abaixo das previsões.

O índice de volatilidade VIX disparava mais de 10 por cento, indicando um aumento da aversão a risco. As commodities, que já sentiam na véspera um movimento de realização de lucros, aceleravam as perdas, com queda de 3,6 por cento do petróleo nos Estados Unidos .

As ações PN da Petrobras tinha baixa de 3,2 por cento, a 26,62 reais, com o maior volume do pregão. Os papéis da OGX , que no dia 15 divulga o novo relatório sobre reservas, registrava baixa de 1,91 por cento, a 19,52 reais.

Em Pequim, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, disse que a estatal pode aumentar o preço da gasolina no mercado doméstico se a cotação internacional do petróleo se mantiver nos níveis atuais. Siderúrgicas também recuavam, com Gerdau em baixa de 2,4 por cento, a 19,60 reais, e Usiminas PN em queda de 2,3 por cento, a 18,59 reais.

Em relatório, o Barclays recomendou cautela com o setor, citando entre os motivos a valorização do real e a perda de ímpeto dos preços internacionais do aço.

"Reiteramos nossa preferência por mineradoras de ferro", escreveram os analistas Leonardo Correa e Renato Antunes.

Entre as poucas ações que escapavam da queda, Gol subia 0,4 por cento, a 20,82 reais, aproveitando a baixa do petróleo para recuperar parte da recente queda.

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