Bolsa de Frankfurt: índice FTSEurofirst 300, que reúne principais papéis do continente, caiu 0,23%, a 1.320 pontos (REUTERS/Remote/Marte Kiessling)
Da Redação
Publicado em 12 de agosto de 2014 às 14h54.
Londres - A bolsa alemã liderou o declínio das ações europeias nesta terça-feira, após números fracos sobre a confiança e estimativa pessimista do grupo de bens de consumo Henkel fornecerem mais evidências de que a maior economia da região está sendo impactada pelo conflito na Ucrânia.
O índice FTSEurofirst 300, que reúne os principais papéis do continente, caiu 0,23 por cento, a 1.320 pontos.
O índice da bolsa alemã DAX teve a maior queda entre as principais bolsas regionais, após a pesquisa ZEW mostrar que a confiança de analistas e investidores da Alemanha caiu para o menor nível em mais de um ano em agosto.
O resultado reflete as turbulências na Ucrânia e preocupações com a possibilidade de que as sanções entre a Rússia e o Ocidente afetem a potência industrial da Europa.
As companhias alemãs expostas à Rússia vão desde a Adidas , a segunda maior empresa de artigos esportivos do mundo, até a operadora de aeroportos Fraport e a empresa de defesa Rheinmetall.
A Henkel alertou que o crescimento de seu lucro vai desacelerar no segundo semestre do ano, em parte devido aos atritos entre Rússia e Ucrânia. Suas ações recuaram 5,3 por cento.
Um comboio russo carregando alimentos, água e outros auxílios partiu nesta terça-feira para o leste da Ucrânia, mas Kiev afirmou que não permitirá que veículos cruzem para seu território, alertando contra qualquer tentativa de tornar a operação em uma intervenção militar em segredo.
"Agora os ucranianos não estão deixando o comboio entrar e isso mostra que (a situação) está bem longe de ser resolvida", disse o operador sênior de vendas Markus Huber, do Peregrine & Black.
"Parece que o mercado não se decidiu neste momento e ainda não vi um sinal claro de que estamos mudando de direção".
O FTSEurofirst acumula queda de quase 6 por cento desde que atingiu um pico em julho, pressionado por preocupações com os conflitos que vão da Ucrânia ao Oriente Médio, pela perspectiva de aperto da política monetária nos Estados Unidos e por indicadores econômicos mais fracos na Europa.