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Membros do Fed tentam ajustar mercados "fora de sincronia"

Os esforços nesta semana por integrantes do Fed e de bancos centrais europeus parece estar funcionando e mercados acionários e de renda fixa avançam nesta quinta


	Na semana passada, o chairman do Fed, Ben Bernanke, disse que o banco central espera reduzir o ritmo de aquisição de títulos mais tarde neste ano e concluir o programa até meados de 2014
 (REUTERS/Larry Downing)

Na semana passada, o chairman do Fed, Ben Bernanke, disse que o banco central espera reduzir o ritmo de aquisição de títulos mais tarde neste ano e concluir o programa até meados de 2014 (REUTERS/Larry Downing)

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Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2013 às 16h22.

Nova York/Washington - Em tons notavelmente similares, dois influentes integrantes do Federal Reserve tentaram nesta quinta-feira dissuadir a tese de investidores de que o relaxamento monetário será reduzido no futuro próximo, e ambos chegaram a afirmar que os mercados entenderam mal as intenções do banco central dos Estados Unidos.

O presidente do Fed de Nova York, William Dudley, e o membro do conselho do Fed Jerome Powell destacaram a inquietude com que autoridades norte-americanas têm acompanhado a forte contração nos mercados globais desde a semana passada, quando o banco central apresentou um cronograma para reduzir e eventualmente concluir as compras de ativos.

Os esforços nesta semana por integrantes do Fed e membros de bancos centrais europeus parece estar funcionando. Os mercados acionários e de renda fixa avançavam nesta quinta-feira diante de menores temores sobre um iminente fim do estímulo na maior economia do mundo.

As condições dos mercados financeiros começaram a tensionar no mês passado mas aceleraram acentuadamente na semana passada quando o chairman do Fed, Ben Bernanke, disse que o banco central espera reduzir o ritmo de aquisição de títulos mais tarde neste ano e concluir o programa até meados de 2014, se a economia melhorar de acordo com as expectativas.

Mas Dudley afirmou que o programa de quantitative easing, ou "QE3", será mais agressivo do que o cronograma apresentado por Bernanke caso o crescimento econômico dos EUA e o mercado de trabalho fiquem aquém do esperado. O cronograma depende não de datas do calendário, mas da perspectiva econômica, argumentou.

"As circunstâncias econômicas podem divergir significativamente das expectativas do Fomc", disse Dudley a jornalistas em coletiva na sede do Fed de Nova York, referindo-se ao Comitê Federal de Mercado Aberto.

"Os ajustes nos mercados desde maio têm sido maiores do que o justificado por qualquer reavaliação razoável da trajetória da política", disse Powell.

"Na medida em que o mercado está precificando um aumento na taxa de fundos federais em 2014, isso implica uma performance econômica mais forte do que prevista pela maior parte dos integrantes do Fomc ou por estimativas privadas", acrescentou.


Um terceiro integrante do Fed, Dennis Lockhart do Fed de Atlanta, argumentou, como Dudley e Powell, que a trajetória da economia vai determinar os próximos passos da compra de bônus do banco central. Mas ele acrescentou que seria apropriado reduzi-la um pouco se a performance econômica corresponder às expectativas.

"Não há ritmo 'pré-determinado' de reduções no programa de ativos, e o ponto de conclusão não é fixo", disse Lockhart em declarações preparadas para discurso no Kiwanis Club de Marietta.

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