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Melhora na Tenda pode ser a redenção para ações da Gafisa, diz Ativa

Papel deve ganhar com melhoria da rentabilidade dos empreendimentos da Tenda; potencial de valorização chega a 55%

Empreendimento da Gafisa, em São Paulo: recuperação nas contas da Tenda deve beneficiar ação (Germano Luders)

Empreendimento da Gafisa, em São Paulo: recuperação nas contas da Tenda deve beneficiar ação (Germano Luders)

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Da Redação

Publicado em 18 de janeiro de 2011 às 10h10.

São Paulo - Após demonstrar resultados de rentabilidade inferiores a seus pares, a incorporadora e construtora Gafisa (GFSA3) desponta como ação de desempenho promissor em 2011. Quem aposta é a Ativa em relatório de início de cobertura divulgado nesta segunda-feira (17).

Outrora o maior pesadelo dos balanços contábeis da companhia, o processo de incorporação da Tenda – segmento de baixa renda recém adquirido - se aproxima do final e deve voltar a trazer equilíbrio à companhia, aposta o analista Armando Halfeld, que recomendou  a compra do papel.

“Esperamos que com a reparação total dos negócios da Tenda, já em processo, e, principalmente, a entrega de projetos da controlada que não conseguiram obter financiamento à produção, as margens comecem a melhorar gradativamente”, diz a corretora. A ação ganhou preço-alvo de 17,47 reais até dezembro deste ano, representando um potencial de alta de 54,7%.

Até o segundo trimestre deste ano, a Tenda deve entregar 7 mil unidades que consomem caixa em demasia, gerando maior rentabilidade para a Gafisa. ”Os projetos futuros da Tenda já operam com crédito associativo e patamar de rentabilidade superior aos dos projetos anteriores”, justifica Halfeld.

Projeções

A corretora projeta margem líquida de 10,4% para o resultado consolidado de 2010, enquanto para 2011 a margem líquida deve cair, em função de uma maior despesa financeira, para 9,4%, associado ao maior endividamento no período. Para 2012, no entanto, a melhora será expressiva, dado o repasse das unidades problemáticas até o primeiro semestre de 2011, registrando uma margem líquida de 14,1%.

O analista ressalta também a avaliação por múltiplos atrativa da companhia. A Gafisa negocia a um preço sobre valor patrimonial ajustado (P/BV) e preço sobre o valor líquido dos ativos (P/NAV) de 1,2 vez e 0,8 vez, respectivamente – representando um desconto significativo de 24% e 38% quando comparada às ambas métricas da média das large caps do setor, destaca o analista.

Entre os riscos apontados pelo estudo, a Ativa destaca prováveis atrasos na execução dos empreendimentos, elevação acima da expectativa na taxa de juros,  dificuldades  de cumprimento por parte da Caixa Econômica Federal do programa habitacional Minha Casa Minha Vida, a falta de mão de obra especializada no setor e uma  possível demora no repasse de projetos  herdados da Tenda.

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