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“É muito confuso”, diz grande investidor sobre governo Dilma

Brasil está perdendo a confiança dos investidores estrangeiros com as tentativas do BC de conter o pior deslize do real

O BC vendeu dólares no mercado futuro e aliviou medidas de controle de capital externo neste mês depois que o real caiu para o menor nível em três anos (Getty Images)

O BC vendeu dólares no mercado futuro e aliviou medidas de controle de capital externo neste mês depois que o real caiu para o menor nível em três anos (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 13 de dezembro de 2012 às 08h51.

São Paulo - O Brasil está perdendo a confiança dos investidores estrangeiros com as tentativas do Banco Central de conter o pior deslize do real desde 2008, ao mesmo tempo em que a presidente Dilma Rousseff sinaliza que uma moeda mais fraca pode ajudar a estimular a economia.

O Banco Santander Brasil SA, quinto maior banco do País em ativos, disse em 6 de dezembro que o dólar pode subir 8,5 por cento, para R$ 2,25 até dezembro de 2013, de R$ 2,0722 de ontem, ampliando o declínio de 9,9 por cento do real este ano, o maior entre as principais moedas avaliadas pela Bloomberg.

O Itaú Unibanco Holding SA, segundo maior banco, revisou sua estimativa para 2013 no mesmo dia de R$ 2,02 para R$ 2,15, enquanto o HSBC Holdings Plc disse que o dólar vai subir para R$ 2,30, uma valorização de cerca de 11 por cento.

O BC vendeu dólares no mercado futuro e aliviou medidas de controle de capital externo neste mês depois que o real caiu para o menor nível em três anos, eliminando medidas que tinham por objetivo conter a alta de 55 por cento na moeda entre 2004 e 2011.

“É muito confuso o que eles querem e, enquanto isso não está claro, o que fica claro é que eles abandonaram a flutuação livre da moeda e que o governo quer que o real fique em um determinado nível, ainda que não esteja claro que nível é esse”, disse Pablo Cisilino, que ajuda a administrar aproximadamente US$ 50 bilhões em títulos de dívidas de mercados emergentes, incluindo títulos brasileiros, na Stone Harbor Investment Partners em Nova York. “Isso é algo que tem incomodado o mercado.”

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